Macau,
China, 14 mai (Lusa) -- As trocas comerciais entre a China e os países de
língua portuguesa atingiram 21,73 mil milhões de dólares (19,12 mil milhões de
euros) até março, valor que traduz uma queda de 25,36% face aos três primeiros
meses de 2014.
Dados
dos Serviços de Alfândega da China, divulgados pelo Secretariado Permanente do
Fórum Macau, indicam que a China comprou aos países de língua portuguesa bens
avaliados em 11,11 mil milhões de dólares (9,77 mil milhões de euros) -- menos
42,25% -- e vendeu produtos no valor de 10,61 mil milhões de dólares (9,33 mil
milhões de euros), mais 7,59% em termos anuais.
O
Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume
das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se, até março, em 14,37 mil milhões
de dólares (12,64 mil milhões de euros), menos 20,91% do que no período
homólogo do ano passado.
As
exportações da China para o Brasil atingiram 8,05 mil milhões de dólares (7,08
mil milhões de euros), traduzindo um aumento de 0,27%, enquanto as importações
totalizaram 6,32 mil milhões de dólares (5,55 mil milhões de euros), caindo
37,67%.
Com
Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas
comerciais caíram 40,34% para um total de 5,68 mil milhões de dólares (4,99 mil
milhões de euros) até março.
Pequim
vendeu a Luanda produtos avaliados em 1,40 mil milhões de dólares (1,23 mil
milhões de euros) -- mais 54,16% face aos primeiros três meses de 2014 -- e
comprou mercadorias avaliadas em 4,28 mil milhões de dólares (3,76 mil milhões
de euros), ou seja, menos de metade comparativamente a igual período do ano
passado (-50,32%).
Já
com Portugal, terceiro parceiro da China no universo de países de língua
portuguesa, o comércio bilateral ascendeu a 1,04 mil milhões de dólares (914,6
milhões de euros) -- mais 10,63% --, numa balança comercial favorável a Pequim
que vendeu a Lisboa bens de 681,6 milhões de dólares (599,5 milhões de euros)
-- mais 11,69% -- e comprou produtos avaliados em 367,2 milhões de dólares (323
milhões de euros), isto é, mais 8,70% em termos anuais homólogos.
Também
com aumentos em toda a linha estiveram as trocas entre a China e Moçambique. O
comércio bilateral cresceu 37,02% para 587,8 milhões de dólares (517 milhões de
euros), com as exportações chinesas a darem um salto de 52,91% para 447 milhões
de dólares (393,2 milhões de euros) e as importações de Pequim a Maputo a
subirem ligeiramente (3,04%) para 140,8 milhões de dólares (123,8 milhões de
euros) nos primeiros três meses.
Só
em março, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa
cifraram-se em 6,70 mil milhões de dólares (5,89 mil milhões de euros), caindo
2,7% face a fevereiro.
Os
dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações
diplomáticas com Taiwan e não participar diretamente no Fórum Macau.
A
China estabeleceu a Região Administrativa Especial como a sua plataforma para o
reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa
em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne ao nível ministerial de três
em três anos.
FV
(DM) // JCS
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