Sydney,
Austrália, 24 mai (Lusa) -- O primeiro-ministro australiano disse hoje que o
seu país não vai seguir o exemplo da Irlanda, organizando um referendo sobre o
casamento 'gay', acrescentando que cabe ao parlamento decidir sobre o assunto.
A
Irlanda tornou-se o 19.º país, o 14.º na Europa, a legalizar o casamento 'gay'.
É no entanto o único país a ter feito essa alteração legal por referendo, tendo
os outros países optado pela via parlamentar.
O
sim venceu com 62% dos votos.
"Este
é um assunto para o parlamento", disse o primeiro-ministro (conservador)
Tony Abbott à imprensa quando questionado sobre a possibilidade de realizar um
referendo sobre o assunto.
"Neste
país, referendos envolvem questões de mudança constitucional. Eu não acho que
haja quem esteja a sugerir que devemos mudar a Constituição sobre este assunto.
As questões matrimoniais são do domínio do Parlamento."
O
casamento 'gay' foi declarado proibido na Austrália em 2004, por ocasião de uma
revisão da lei sobre o casamento durante o mandato do primeiro-ministro
conservador da época, John Howard. A união civil é, no entanto, possível na
maioria dos estados australianos.
O
primeiro-ministro Tony Abbott é conhecido por ter uma irmã lésbica, mas mesmo
assim não faz segredo da sua oposição ao casamento 'gay'.
"Eu
não subestimo os sentimentos das pessoas sobre este assunto, sejam a favor ou
contra o casamento 'gay'", disse o chefe de governo. "Mesmo na minha
própria família, as emoções são fortes em ambos os lados", disse.
Uma
sondagem realizada em julho de 2014 revelou que 72% dos australianos eram a
favor do casamento 'gay'.
JPF
// JPF.
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