Lisboa,
03 mar (Lusa) - O representante permanente de Moçambique nas Nações Unidas
defendeu hoje que é do interesse da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) regular a livre circulação de pessoas e bens entre estes países.
"Quero
levantar a questão da livre circulação de pessoas e bens, porque a CPLP nunca
conseguiu regular esta questão", disse o embaixador Pedro Comissário num
discurso no seminário diplomático 'A CPLP: Origens, Missão e Futuro', que
decorreu hoje em Lisboa.
"Na
altura da criação da CPLP o problema era mais o fluxo dos seis para Portugal,
mas depois a história mudou e também passou a acontecer o inverso", disse
o embaixador permanente em Genebra, defendendo que "é do interesse da
organização regular esta questão".
Antes,
no discurso sobre 'As Origens da CPLP', Pedro Comissário tinha argumentado pela
necessidade de regular os interesses dos Estados, considerando que caso não
haja essa regulação, "pode-se criar uma unilateralidade de visões sobre o
que deve ser a CPLP".
A
questão, pormenorizou, "resume-se na pergunta: qual o lugar da CPLP na
política externa de cada país, será que existe noção e consequências do
multilateralismo são e robusto entre os seus membros".
O
embaixador concluiu criticando a "tentação de alguns membros usarem a CPLP
unilateralmente como bengala da sua política externa ou simplesmente para
promover as candidaturas nos fóruns internacionais", acrescentando depois,
numa nota com humor, que tinha beneficiado disso mesmo.
"Não
me posso queixar neste ponto, sou membro da comissão de direito internacional
das Nações Unidas há 15 anos e beneficiei desse apoio dos Estados
membros", concluiu Pedro Comissário.
MBA
// EL
Sem comentários:
Enviar um comentário