Jacarta,
03 mar (Lusa) - Os 22 emissores de alerta instalados no mar, no oeste da
Indonésia, não funcionaram na quarta-feira quando um violento sismo ocorreu na
região, indicaram hoje as autoridades indonésias, que referiram "atos de
vandalismo".
Este
sistema de deteção e aviso foi instalado após o maremoto de 2014 ao largo da
ilha de Sumatra.
Na
quarta-feira, o sismo de magnitude 7,8, cujo epicentro se situou no oceano
Índico, abalou a ilha de Sumatra, provocando cenas de pânico entre os
residentes e um alerta de 'tsunami', levantado algumas horas mais tarde.
As
autoridades não registaram vítimas ou danos e as zonas afetadas regressaram
hoje à calma. Uma série de réplicas foi hoje sentida na ilha, mas as
autoridades pediram calma à população.
O
procedimento que visa garantir se existe ou não 'tsunami' foi interrompido
devido à ausência dos 22 sensores e emissores no mar, instalados pela
Indonésia, explicou a agência para as catástrofes naturais indonésia.
Se
o alerta inicial foi corretamente desencadeado, os emissores, que permitem
detetar as alterações no movimento da água e transmitir dados aos serviços
competentes, não funcionaram para assinalar que as ondas potencialmente
destruidoras não se formaram e as autoridades demoraram cerca de três horas a
suspender o aviso de 'tsunami'.
"Os
emissores foram vandalizados e não há orçamento suficiente para
reparações", disse aos jornalistas o porta-voz da agência, Sutopo Purwo
Nugroho.
"Esta
situação torna difícil confirmar se um 'tsunami' ocorreu, ou não",
acrescentou.
Os
emissores integram um sistema de aviso sofisticado criado após o maremoto de
2014, com a ajuda de doadores estrangeiros, orçado em vários milhões de
dólares.
Em
2014, um sismo submarino, a noroeste da Indonésia, originou uma onda gigantesca
que causou mais de 170 mil mortos em território indonésio e dezenas de milhares
em vários outros países da região.
EJ
// APN
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