Díli,
02 mai (Lusa) - A má-nutrição afeta mais de metade das crianças timorenses com
menos de cinco anos, apesar de melhorias recentes, com o problema a ser
agravado por falta de informação sobre alimentação, segundo uma organização
não-governamental (ONG) local.
Tradição,
cultura, rendimento familiar e acesso a água limpa são outros dos fatores que
condicionam a nutrição das famílias timorenses, segundo explicou a responsável
da organização HAMI, Rosaria Martins da Cruz.
A
HAMI ("Hamutuk Ita Ajuda Malu" ou "Juntos Ajudamo-nos uns aos
outros") é uma organização que trabalha na área da saúde e nutrição em
Timor-Leste, um dos problemas mais importantes para uma fatia significativa da
população.
Em
declarações citadas pela imprensa timorense, a responsável da HAMI explicou,
referindo dados do Ministério da Saúde, que os níveis da má nutrição melhoraram
de 58% em 2010 para 50,2% em 2013.
"Aumentar
as campanhas de educação é essencial para combater a má nutrição no país",
explicou, acrescentando que "isso ajuda as comunidades locais a manter uma
dieta mais equilibrada".
Pedro
Caniço, diretor nacional de Saúde Pública, disse que o impacto da má nutrição
se sente ao longo de toda a vida, com as crianças a terem mais dificuldade de
aprendizagem e a serem mais suscetíveis a infeções e doenças.
"Combater
a má nutrição é uma prioridade do Governo. Temos já em curso programas de
distribuição de vitamina A e distribuímos suplementos alimentares a mulheres
grávidas e a amamentar", explicou, igualmente citado pela imprensa.
ASP
// MP
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