Decorridos
27 anos do protesto e massacre em Tiananmen são inúmeros os jovens que
desconhecem o que ali aconteceu em 1989. Em memória aos que lutaram e pereceram
com suas próprias vidas decidimos incluir no Timor Agora o “filme” dos
acontecimentos. A narração é parcial, foi extraída da Wikipédia, de onde
retirámos o que melhor elucidará os que desconhecem o que
realmente aconteceu naqueles longos dias em Pequim.
Queremos contribuir para o esclarecimento e conhecimento dos que possam estar
interessados e que por inúmeras razões não lhes ocorreu consultar, por exemplo,
a Wikipédia - ou outras publicações referentes à história da humanidade, dos
países, das ditaduras que violam incessantemente os direitos humanos. Ainda
hoje na China isso acontece, como em tantos outros países do mundo. (TA)
MILHARES PROTESTAM DE ABRIL A JUNHO EM TIANANMEN
O Protesto
na Praça da Paz Celestial (Tian'anmen) em 1989, mais conhecido
como Massacre da Praça da Paz Celestial, ou ainda Massacre de 4 de
Junho consistiu em uma série de manifestações lideradas por estudantes na República Popular da China, que
ocorreram entre os dias 15 de abril e 4 de junho de 1989. O protesto
recebeu o nome do lugar em que oExército Popular de Libertação suprimiu
a mobilização: a praça Tian'anmen, em Pequim, capital do
país. Os manifestantes (em torno de cinco mil) eram oriundos de diferentes
grupos, desde intelectuais que acreditavam que o governo do Partido Comunista era demasiado
repressivo e corrupto, a trabalhadores da cidade, que acreditavam que as
reformas econômicas na China haviam sido lentas e que a inflação e
o desemprego estavam
dificultando suas vidas. O acontecimento que iniciou os protestos foi o
falecimento de Hu Yaobang. Os protestos consistiam em marchas
(caminhadas) pacíficas nas ruas de Pequim.
Devido
aos protestos e às ordens do governo pedindo o encerramento dos mesmos, se
produziu no Partido Comunista uma divisão de critérios (opiniões) sobre como se
deveria responder aos manifestantes. A decisão tomada foi suprimir os protestos
pela força, no lugar de atenderem suas reivindicações. Em 20 de maio,
o governo declarou a lei marcial e, na noite de 3 de junho,
enviou os tanques e a infantaria do
exército à praça de Tian'anmen para dissolver o protesto. As estimativas das
mortes civis variam: 400 a 800 (segundo o jornal estadunidense The New York Times[1] ),
2 600 (segundo informações da Cruz
Vermelha chinesa[2] [3] )
e sete mil (segundo os manifestantes[carece de fontes]). O
número de feridos é estimado em torno de sete mil e dez mil, de acordo com a
Cruz Vermelha[3] .
Diante da violência, o governo empreendeu um grande número de arrestos para
suprimir os líderes do movimento, expulsou a imprensa estrangeira
e controlou completamente a cobertura dos acontecimentos na imprensa chinesa. A
repressão do protesto pelo governo da República Popular da China foi condenada
pela comunidade internacional.
No
dia 4 os protestos estudantis se intensificam muito. No dia 5 de junho,
um jovem solitário e desarmado invade a Praça da Paz Celestial e anonimamente
faz parar uma fileira de tanques
de guerra. O fotógrafo Jeff
Widener, da Associated Press, registrou o momento e a imagem ganhou
os principais jornais do mundo. O rapaz, que ficou conhecido como "o rebelde desconhecido" ou o homem dos
tanques" foi eleito pela revista Time como
uma das pessoas mais influentes do século XX.
Sua identidade e seu paradeiro são desconhecidos até hoje.[4]
Antecedentes
Desde 1978, Deng
Xiaoping havia liderado uma série de reformas políticas e econômicas,
que buscavam o estabelecimento gradual de uma economia de mercado e certa liberalização
política que se distanciavam do sistema estabelecido por Mao
Tse-tung. No princípio de 1989, estas reformas políticas e econômicas
haviam levado dois grupos à insatisfação com o governo.
O
primeiro grupo incluía estudantes e intelectuais, os quais acreditavam que as
reformas não eram suficientes e que a China necessitava reformar o seu sistema
político, dado que as reformas econômicas somente afetavam os fazendeiros e os
trabalhadores das fábricas. Além disso, os intelectuais estavam descontentes
com os controles políticos e sociais que exercia o Partido Comunista da China.
Somado a isso, este grupo conhecia a liberalização política empreendida
na União Soviética com o nome de Glasnost, porMikhail
Gorbachev. O segundo grupo estava constituído principalmente por
trabalhadores industriais das cidades, que acreditavam que as reformas haviam
sido demasiada distantes. As reformas econômicas haviam começado a causar
inflação e desemprego, o que dificultava suas vidas.
Em
1989, o principal apoio do governo estava constituído por trabalhadores rurais,
que viram como seus recursos melhoraram consideravelmente durante a década
de 1980, como resultado da reformas do Partido. Entretanto, este apoio
tinha uma utilidade limitada porque os trabalhadores rurais estavam
distribuídos por todo o país, e permaneceram desorganizados e com dificuldades
para se mobilizar, ao contrário dos grupos urbanos, que se organizaram em escolas e nos
locais de trabalho.
O
acontecimento que desencadeou a marcha de protestos foi a morte, por doença, do
ex-Secretário Geral do Partido Comunista chinês Hu Yaobang, que havia sido
expulso do governo por Deng Xiaoping, em fevereiro de 1987. Hu era visto
como um liberal e sua expulsão, em resposta aos protestos estudantis de 1987,
foi encarada como injusta, em determinados círculos. Além disso, a morte de Hu
permitiu aos cidadãos chineses expressarem seu descontentamento com seus
sucessores, sem temor da repressão política, pois o resultado de expulsar o
povo do funeral de
um ex-Secretário Geral do partido havia sido estranho [carece de fontes].
Início
dos protestos
Os
protestos começaram como pequenos distúrbios, na forma de orações por Hu
Yaobang e reivindicações para que o partido revisasse a visão oficial da figura
de Hu. Os protestos cresceram depois das notícias de enfrentamentos com a
polícia; os estudantes acreditavam que os meios de comunicação chineses estavam
distorcendo a natureza de suas atividades, o que incrementou o apoio aos seus
protestos. No funeral de Hu, um grande grupo de estudantes encontrou-se na
praça de Tian'anmen e pediu uma audiência com o primeiro-ministro Li Peng,
amplamente reconhecido como o rival político de Hu, petição que não foi
atendida. Em consequência, os estudantes iniciaram um chamamento à greve nas
universidades de Pequim. Em 26 de abril, um editorial no Diário do Povo, após um discurso interno
feito por Deng Xiaoping, acusou aos estudantes de criar
tumultos. O discurso não foi bem recebido pelos estudantes, e em 29 de abril,
50 mil estudantes foram às ruas de Pequim, fazendo pouco caso dos avisos para
dispersão realizados pelas autoridades e insistiram na retirada do dito no
discurso.
Em
Pequim, a maioria dos estudantes da cidade participou nos protestos com o apoio
de seus instrutores e outros intelectuais. Os estudantes rechaçaram as
associações oficiais de estudantes controladas pelo Partido Comunista e
estabeleceram suas próprias associações. Os estudantes enxergavam a si mesmos
como patriotas chineses, herdeiros do Movimento Quatro de Maio pela
"ciência e a democracia" de 1919. Os protestos
evocavam também as recordações dos Protestos de Tian'anmen de 1976,
que levaram à expulsão da Camarilha dos Quatro. Desde suas origens, no
funeral de Hu Yaobang, considerado pelos estudantes como um
defensor da democracia, a atividade estudantil se desenvolveu gradualmente
durante o curso dos seus protestos, desde contra a corrupção política
até demandas de liberdade de imprensa ou a reforma do
controle sobre o Estado por parte do Partido Comunista da China e de Deng
Xiaoping, o líder chinês de fato. Também se realizaram algumas tentativas, que
parcialmente obtiveram êxito, de entrar em conta(c)to com estudantes e
operários de outras cidades.
Ainda
que os protestos iniciais fossem realizados por estudantes e intelectuais que
acreditavam que as reformas de Deng Xiaoping não haviam sido suficientemente
profundas e que a China necessitava reformar seu sistema político, logo
atraíram o apoio dos trabalhadores urbanos, que acreditavam, por seu lado, que
as reformas tinham sido profundas demais. Isso ocorreu porque os líderes
focaram seus protestos na corrupção, protesto que ambos os grupos exerciam em
comum, e porque os estudantes foram capazes de invocar arquétipos chineses em
seu benefício.
Em
contraste com os protestos de 1987, que foram realizados principalmente por
estudantes e intelectuais, os protestos de 1989 conseguiram um amplo apoio dos
trabalhadores urbanos, alarmados pela inflação crescente e a corrupção. Em
Pequim foram apoiados por uma ampla fração da sociedade. Em outras cidades,
como Ürümqi,Xangai e Chongqing,
conseguiram porcentagens similares de apoio, e mais tarde, em Hong Kong, Taiwan
e nas comunidades chinesas da América do Norte e Europa.
Intensificação
Em
4 de maio, aproximadamente cem mil estudantes e trabalhadores marcharam em
Pequim pedindo reformas para a liberdade de expressão e um diálogo formal entre
as autoridades e os representantes dos estudantes. O governo recusou a proposta
de diálogo tal como lhe era apresentada, mostrando-se contrário a falar com as
organizações estudantis oficiais. Em 13 de maio,
grandes grupos de estudantes ocuparam a praça de Tiananmen e iniciaram
uma greve de fome, pedindo ao
governo a retirada da acusação realizada no editorial do Diário do
Povo e que começassem as conversas com os representantes eleitos pelos
estudantes. Centenas de estudantes seguiram a greve de forme e receberam o
apoio de outros milhares de estudantes e moradores de Pequim, que continuaram
os protestos durante toda a semana.
Os
protestos e as greves começaram em muitas universidades de
outras cidades, de onde muitos estudantes viajaram a Pequim, a fim de se unirem
às manifestações. Geralmente, as manifestações na praça de Tiananmen mantinham
uma certa ordem, com marchas diárias de estudantes de várias universidades de Pequim
mostrando sua solidariedade com o boicote às
aulas acadêmicas e com o desenvolvimento dos protestos. Os estudantes cantaram
"A Internacional" em várias manifestações e
mostraram assim mesmo seu apoio ao socialismo chinês
ajudando a polícia a prender três homens da província de Hunan que
haviam lançado tinta sobre
um grande retrato de Mao que se encontrava ao norte da praça de Tianamen.[5] Um
destes homens, Yu Dongyue, permaneceu na prisão até 22
de fevereiro de 2006.[6]
A
estratégia principal dos manifestantes se baseou em uma greve de fome
empreendida por um número estimado entre centenas e mais de mil estudantes.
Esta greve alcançou grande repercussão no povo chinês. Ainda que não tenha sido
observado nos aspectos grevistas da emaciação, uma lenda
urbana chinesa, persistente até a atualidade, afirma que alguns deles
morreram de fome.[7]
Foram
feitas algumas tentativas parcialmente satisfatórias para os propósitos dos
manifestantes com o objetivo de negociar com os governantes da República
Popular da China, que estavam perto, nos edifícios centrais do Partido
Comunista em Zhongnanhai. Na ocasião da visita de Gorbachov em maio,
muitos jornalistas dos meios de comunicação estrangeiros
estiveram presentes na China. A cobertura que realizaram dos protestos foi
intensiva e geralmente favorável aos manifestantes, mas pessimista em relação
as possibilidades de alcançarem seus objetivos. Perto do final dos protestos,
em 30 de maio, foi erigida uma estátua da deusa da democracia na
praça, esculpida por estudantes de belas
artes, que constituíu um símbolo visual dos protestos para os
telespectadores que seguiam a cobertura em todo o mundo.
O Politburo do
Comitê Central do Partido Comunista da China, juntamente com anciãos do
partido (oficiais do governo e do partido já aposentados mas que ainda exerciam
influência política), tinham, em princípio, a esperança de que os protestos
teriam uma vida curta ou que reformas de característica cosmética satisfariam
aos manifestantes. Desejavam evitar a violência tanto quanto fosse possível, e
confiaram inicialmente no aparato (poderio) do partido, para persuadir os
estudantes a abandonarem os protestos e voltarem aos seus estudos.
Dissolução
Mesmo
com o governo chinês declarando a lei marcial em 20 de maio, continuaram as
manifestações. A greve de fome se aproximava do fim da terceira semana, e o
Governo decidiu acabar com o assunto antes de que se produzissem mortes. Depois
de uma deliberação entre os líderes do Partido Comunista, foi ordenado o uso da
força militar para resolver a crise, e Zhao Ziyang foi despojado da liderança
política como resultado de seu apoio aos manifestantes. O Partido Comunista
decidiu deter a situação, antes que fossem mais longe.
Os
soldados e tanques das divisões 27 e 28 do Exército de Libertação Popular foram
enviados para tomar o controle da cidade. Ainda que o Governo tenha ordenado a
todos os civis de Pequim que permanecessem em suas casas, mediante emissões da
televisão e por megafones, as advertências não foram levadas em conta e muitos
manifestantes pacíficos foram atacados por soldados; a violência exercida teve
como resultado enormes baixas civis e algumas mortes de soldados. O governo
chinês atestou a morte de várias centenas de pessoas.
A
entrada das tropas na cidade recebeu a oposição ativa de muitos cidadãos de
Pequim, cuja resistência causou baixas entre os militares. Os cidadãos
construíram grandes barricadas nas estradas, que diminuíram a velocidade do
progresso dos tanques, mas a praça ficou vazia na noite de 4 de junho, por
decisão dos manifestantes. O combate continuou nas ruas que rodeavam a praça,
com os manifestantes avançando repetidamente contra as tropas armadas do
Exército Popular de Libertação, o qual respondeu com fogo automático. Muitos
cidadãos feridos foram postos a salvo por condutores de riquixás,
que se aventuraram em terra de ninguém, entre os soldados e a multidão, e
levaram os feridos aos hospitais mais próximos.
A
dispersão do protesto se viu simbolizada nos meios de comunicação ocidentais
pela fotografia de um manifestante solitário, tomada em 5 de junho,
de pé, frente a uma coluna de tanques, detendo seu avanço. O homem continuou de
pé desafiante, encarando os tanques durante um longo período de tempo, antes de
ser expulso do lugar. Apesar dos esforços, até hoje os meios de comunicação
ocidentais foram incapazes de identificar a figura solitária. A Revista
Time o elogiou, considerando-o como uma das cem pessoas mais
influentes do século XX. Pouco depois do incidente, o diário
britânico Sunday Express o identificou como Wang Weilin,
um estudante de 19 anos de idade; entretanto, a veracidade dessa identificação
é duvidosa. Bruce Herschensohn,
assistente especial do presidente dos Estados
Unidos Richard Nixon e membro da equipe de Ronald
Reagan, assegurou que ele foi executado quatorze dias depois da revolta,
por um pelotão de fuzilamento. Jan Wong escreveu
que esse homem segue com vida e está escondido na área rural da China. William
Bell, escritor canadense, assegura que o estudante se chamava Wang Aimin e
foi executado em 9 de junho.
Na
própria praça teve um debate entre os que, como Han
Dongfang, desejavam retirar-se pacificamente, e os que, como Chai Ling, desejavam permanecer na
praça mesmo com o risco de que houvesse um banho de sangue. Os partidários da
retirada ganharam, e os manifestantes deixaram a praça. O governo da República
Popular da China assegurou que não morreu ninguém na praça, um feito que, de
acordo com os testemunhos dos que estiveram na praça, parece ser tecnicamente
certo, mas não fala das baixas durante a aproximação à praça. O número de
mortos e feridos segue sendo um segredo de estado. Um funcionário não
identificado da Cruz Vermelha chinesa assegurou que houve 2.600
mortos, 2 mil cidadãos feridos e que se perdeu contato com 400 soldados. De
acordo com as universidades, morreram 23 estudantes. O Comitê Central de
Associações Autônomas da Universidade de Tsinghua falou em 4
mil mortos e 30 mil feridos. Chen Xitong, o prefeito de Pequim, informou 26
dias depois dos acontecimentos, que 36 estudantes e dezenas de soldados
morreram, ascendendo até um total de 200 mortos, e 3 mil civis e 6 mil soldados
feridos.[8] Os
repórteres estrangeiros que estavam em Pequim afirmaram que morreram ao menos 3
mil pessoas. Foram criadas algumas listas de baixas a partir de fontes
clandestinas, que falavam em 5 mil mortos.[9] Entretanto,
é interessante frisar que os documentos da NSA, desclassificados em
1999, mostram que a inteligência estadunidense estimou entre 180 e 500 a
quantidade de mortos. Dessa forma, as estimativas do governo chinês concordam
com a estimativa oficial americana. Por outra parte, antes de o governo de
Pequim restabelecesse o controle das notícias na China por completo, uma
emissão em inglês desde Pequim afirmou que havia morto ao menos 3 mil
estudantes. Ao mesmo tempo, a Cruz Vermelha chinesa informou que sua conta
havia alcançado os 2.600 mortos - e seguia crescendo. Dado que é impossível
obter acesso a informações objetivas devido à lei marcial, todavia não se
consegue verificar as discrepâncias entre as diferentes fontes.
Depois
da dissolução dos protestos de Pequim em 4 de junho, estes continuaram em
grande parte da China durante uns dias. O governo da República Popular da China
foi incapaz de finalizar esses protestos fora de Pequim, sem a perda de um
número significativo de vidas.
Prisões
e demissões
Durante
e após a repressão dos protestos foram realizadas tentativas de prender e
perseguir os líderes do Movimento Democrática da China, em especial Wang Dan, Chai Ling e Wu'er Kaixi. Wang Dan foi
aprisionado e enviado à prisão, e mais tarde foi-lhe permitido emigrar para os
Estados Unidos. Wu'er Kaixi fugiu para Taiwan. Atualmente
está casado e trabalha como comentarista político da Televisão Nacional
Taiwanesa. Chai Ling fugiu para a França e
mais tarde se mudou para os Estados Unidos.
Os
trabalhadores que foram presos em Pequim foram julgados e executados.
Entretanto, os estudantes, muitos oriundos de famílias relativamente
influentes, receberam sentenças muitos mais suaves. Inclusive Wang Dan, o líder
estudantil que encabeçava a lista dos mais procurados, acabou passando somente
sete anos na prisão.
No
governo, Zhao Ziyang, que havia se oposto à lei marcial foi
expulso do poder, e Jiang Zemin, governante de Xangai, que não
esteve envolvido nos acontecimentos, tomou posse do cargo de presidente da
República Popular da China. O acesso de Jiang ao poder foi interpretado,
frequentemente, como uma recompensa por parte de Deng Xiaoping pela capacidade
de Jiang em manter a ordem em Shanghai, que contrastou com o caos existente na
capital. Os membros do governo prepararam um informe do incidente, que foi
publicado no Ocidente em janeiro de 2001 com o nome
de Documentos de Tiananmen, que oferece o ponto-de-vista do governo chinês
sobre os manifestantes e foi proporcionado por uma fonte anônima.
Os
dois apresentadores da CCTV, a televisão central da China, que
informaram o 4 de junho foram despedidos poucos dias depois dos
acontecimentos. Wu Xiaoyong, o filho de um membro
do Comitê Central do Partido Comunista da China, e o vice-primeiro
Ministro Wu Xueqian, foram expulsos do Departamento de Programas
em Inglês da Rádio Internacional da China. Qian Liren, diretor do Diário
do Povo, o jornal do Partido Comunista da China, foi expulso devido aos artigos
em apoio aos estudantes.
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