Lisboa,
07 jul (Lusa) - O ex-Presidente timorense José Ramos-Horta transmitiu hoje um
convite para que o Presidente português visite Timor-Leste, garantindo que
Marcelo Rebelo de Sousa terá uma "receção tão entusiástica" quanto os
festejos, naquele país, da vitória da seleção portuguesa de futebol.
"Sou
portador de uma missiva do Presidente [timorense] Taur Matan Ruak para reiterar
o convite ao senhor Presidente a visitar Timor-Leste, logo que lhe seja
possível", disse aos jornalistas Ramos-Horta, no final de uma audiência
com Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.
O
antigo chefe de Estado timorense disse que o Presidente português se mostrou
"muito, muito recetivo" ao convite.
"Quer
visitar Timor-Leste, como não podia deixar de ser, é um grande amigo de longa
data da causa de Timor-Leste, assim como todos os seus antecessores e os
governantes portugueses. Nós, Timor-Leste, somos afortunados de ter amigos
desta qualidade", afirmou Ramos-Horta, que disse desconhecer se a
deslocação poderá decorrer ainda este ano.
Mas
Ramos-Horta deixou uma garantia: "A receção ao professor Marcelo Rebelo de
Sousa vai ser maior ou pelo menos igual aos festejos da vitória de Portugal,
ontem [quarta-feira], contra o País de Gales".
A
vitória da seleção portuguesa de futebol foi festejada nas ruas de Díli por
milhares de timorenses, numa longa caravana, numa festa sem precedentes no
país.
Ramos-Horta
comentou que o apoio dos timorenses à "seleção das quinas" demonstra
a "proximidade emocional".
"Podiam
aplaudir qualquer outro, mas aplaudem sempre, sempre a seleção portuguesa ou
qualquer clube português que jogue fora", uma realidade que disse ter
verificado também na Guiné-Bissau, onde esteve como representante especial do
secretário-geral das Nações Unidas.
Durante
o encontro em Belém, Ramos-Horta informou Marcelo Rebelo de Sousa sobre a
"evolução relativamente positiva da situação política e económica" de
Timor-Leste.
"Apesar
dos grandes desafios que o Mundo enfrenta, Timor-Leste teve a felicidade de ter
um fundo soberano, e tem sido possível, através das receitas do petróleo e gás,
continuar a financiar o crescimento económico de Timor-Leste, que é o mais
elevado dos países da CPLP e um dos mais elevados do Mundo, embora sabendo que
nós partimos da estaca zero", referiu, apontando que há "alterações significativas"
na última década no seu país.
JH
// EL
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