Díli,
01 fev (Lusa) - O Governo timorense destacou hoje o êxito do programa de
trabalho sazonal de timorenses na Austrália, com um aumento de 67,4% no número
de pessoas abrangidas no ano passado pela iniciativa nos setores agrícola e
hoteleiro.
Apoiado
pela Secretaria de Estado para a Política de Formação Profissional e Emprego de
Timor-Leste (SEPFOPE) e administrado pelo Departamento de Emprego da Austrália,
o programa abrangeu no ano passado quase 300 trabalhadores.
São,
diz o Governo, "resultados muito positivos" que mostram a importância
do programa que proporciona mão-de-obra sazonal aos empregadores australianos,
nos setores agrícola e da indústria hoteleira.
"No
ano passado foram colocados 298 trabalhadores timorenses, muitos já pela
terceira vez, para trabalhar em quintas e hotéis, por todo o país", refere
uma nota do executivo.
O
programa baseia-se num memorando de entendimento de 2011 entre os governos dos
dois países, com a SEPFOPE a selecionar os candidatos timorenses, com base numa
lista de pessoas disponíveis para trabalhar e a que os empregadores
australianos têm acesso.
Os
candidatos têm que passar por um teste de aptidão física e demonstrar
competência no uso do inglês, conseguindo colocações por períodos de até seis
meses, predominante na área da horticultura, em explorações de cereais, frutas
e legumes.
"O
programa é vantajoso para ambas as partes, garantindo trabalhadores fiáveis e
enérgicos aos empregadores australianos e uma oportunidade para os timorenses
desenvolverem competências e obterem rendimentos que enviam para o país, para
apoiar as suas famílias", sublinha o embaixador de Timor-Leste em
Camberra, Abel Guterres.
Para
Agio Pereira, porta-voz do Governo e ministro de Estado, o programa de trabalho
sazonal está a "reforçar as ligações entre povos, a qualificar os
trabalhadores timorenses, a originar remessas de dinheiro para o país e a
corresponder a uma necessidade no mercado de trabalho australiano".
Timor-Leste
tem ainda em curso um outro programa de fomento do trabalho no exterior para
timorenses, nomeadamente com a Coreia do Sul que abrange atualmente mais de
2.000 pessoas.
As
remessas enviadas por trabalhadores timorenses no exterior são hoje a principal
fonte de rendimento para dezenas de milhares de famílias em Timor-Leste.
ASP
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