quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Governo timorense saúda melhorias "significativas" na perceção de corrupção no país

Díli, 01 fev (Lusa) - A melhoria de Timor-Leste no Índice de Perceção da Corrupção é um reflexo dos esforços das autoridades timorenses em fortalecer as instituições do país e promover a boa governação, considera o porta-voz do executivo timorense.

"O Governo saúda a melhoria registada nesta última edição do Índice de Perceção da Corrupção e particularmente a tendência ascendente permanente na escala da tabela", considera Agio Pereira, ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, citado em comunicado.

"Esta tendência reflete os esforços do Governo para reforçar as nossas instituições e promover uma boa governação e tem um impacto positivo na confiança dos investidores, parceiros de negócios e turistas", sublinha.

A reação do Governo surge depois da organização não-governamental Transparência Internacional ter revelado, no seu último relatório (de 25 de janeiro) que Timor-Leste subiu 22 posições (de 123º para 101º) na lista de 176 países.

A pontuação de Timor-Leste melhorou de 28 para 35, numa tendência positiva de melhoria que se verifica desde 2012, sendo a maior melhoria entre os países lusófonos.

Timor-Leste, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são os únicos países lusófonos que registam uma melhoria no relatório deste ano, com o subtítulo 'O círculo vicioso da corrupção e da desigualdade tem de ser combatido'.

A ONG explica que o índice anual é "um indicador composto usado para medir a perceção da corrupção no setor público, em diferentes países do mundo".

O executivo timorense explica, no comunicado, que "tem seguido uma cultura de responsabilização e abertura que procura minimizar a corrupção", apoiando e garantindo os recursos para que a Comissão Anticorrupção (CAC) possa cumprir a sua missão.

"Nos últimos três anos, a capacidade e formação do setor judicial e da polícia foram melhoradas. Medidas específicas, tais como a criação da Unidade da Polícia Científica de Investigação Criminal e a realização da reforma aduaneira, incluindo a adoção da Declaração de Arucha Revista, estão a promover integridade e a aumentar a probabilidade de deteção e repressão de fraudes e corrupção", nota o Governo.

"Foram também realizadas campanhas de sensibilização para explicar o que é a corrupção e as consequências desse tipo de comportamentos", sublinha ainda o executivo.

ASP//ISG

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