domingo, 25 de junho de 2017

AI denuncia detenção de ativista chinesa por recordar massacre de Tiananmen

Pequim, 22 jun (Lusa) - A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje a detenção, no passado dia 4 de junho, em Pequim, do ativista chinês Li Xiaoling, por comemorar o 28.º aniversário do massacre de Tiananmen, e apelou às autoridades que o libertem "imediatamente".

Em comunicado, a ONG afirma que Li foi detida, depois de a polícia ter encontrado na Internet, no dia anterior, fotos da ativista com um cartaz em que celebra o massacre de Tiananmen, tiradas próximo da praça.

Segundo AI, Li foi detida por "causar distúrbios", apesar de sofrer de glaucoma - uma doença ocular que pode provocar cegueira -, estando privada do tratamento médico necessário desde a sua detenção.

"As autoridades só lhe permitem usar gotas para os olhos três vezes por dia, apesar de os médicos a terem advertido que deve usar a cada duas horas", refere o comunicado.

Outros oito ativistas dos Direitos Humanos foram também detidos por acompanhá-la naquele dia, e apesar de não aparecerem nas fotografias.

A organização apelou a que todos fossem colocados em liberdade "imediatamente".

Iniciado por estudantes da Universidade de Pequim, o movimento pró-democracia da Praça Tiananmen foi esmagado pelo exército na noite de 03 para 04 de junho de 1989, quando os tanques do exército foram enviados para pôr fim a sete semanas de protestos.

Apesar dos esforços das autoridades chinesas para censurar qualquer informação relativa ao episódio, ativistas continuam a procurar forma de se fazerem ouvir, sobretudo através das redes sociais e da Internet.

JOYP // VM

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