Pequim,
22 jun (Lusa) - A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje a detenção, no
passado dia 4 de junho, em Pequim, do ativista chinês Li Xiaoling, por
comemorar o 28.º aniversário do massacre de Tiananmen, e apelou às autoridades
que o libertem "imediatamente".
Em
comunicado, a ONG afirma que Li foi detida, depois de a polícia ter encontrado
na Internet, no dia anterior, fotos da ativista com um cartaz em que celebra o
massacre de Tiananmen, tiradas próximo da praça.
Segundo
AI, Li foi detida por "causar distúrbios", apesar de sofrer de
glaucoma - uma doença ocular que pode provocar cegueira -, estando privada do
tratamento médico necessário desde a sua detenção.
"As
autoridades só lhe permitem usar gotas para os olhos três vezes por dia, apesar
de os médicos a terem advertido que deve usar a cada duas horas", refere o
comunicado.
Outros
oito ativistas dos Direitos Humanos foram também detidos por acompanhá-la
naquele dia, e apesar de não aparecerem nas fotografias.
A
organização apelou a que todos fossem colocados em liberdade
"imediatamente".
Iniciado
por estudantes da Universidade de Pequim, o movimento pró-democracia da Praça Tiananmen
foi esmagado pelo exército na noite de 03 para 04 de junho de 1989, quando os
tanques do exército foram enviados para pôr fim a sete semanas de protestos.
Apesar
dos esforços das autoridades chinesas para censurar qualquer informação
relativa ao episódio, ativistas continuam a procurar forma de se fazerem ouvir,
sobretudo através das redes sociais e da Internet.
JOYP
// VM
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