quarta-feira, 1 de novembro de 2017

"Ataque terrorista" com carrinha em Nova Iorque faz oito mortos

Oito pessoas morreram ao serem atingidas, esta terça-feira, por uma carrinha, em Manhattan, Nova Iorque, nos EUA. Suspeito, de 29 anos, foi detido.

O incidente está a ser considerado e investigado como um "ataque terrorista".

O suspeito é um homem de 29 anos, identificado como Sayfullo Saipov e residente em Paterson, Nova Jérsia, segundo a ABC News.

Há oito mortos e mais de uma dezena de feridos, disse o autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, numa declaração aos jornalistas. "Foi um ato de terror particularmente cobarde", acrescentou.

Seis pessoas morreram no local e duas faleceram no hospital. Onze feridos foram hospitalizados com ferimentos graves mas não correm risco de vida, disse o responsável dos bombeiros de Nova Iorque, Daniel Nigro.

Uma das vítimas mortais é de nacionalidade belga, lamentou o ministro dos Negócios Estrangeiros Didier Reynders no Twitter. Outros três cidadãos da Bélgica ficaram feridos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina também confirmou que "cidadãos argentinos morreram" durante o ataque.


Segundo a imprensa norte-americana, a carrinha, alugada em Nova Jérsia, circulou em contramão por uma via partilhada por peões e ciclistas na Baixa de Manhattan e atingiu várias pessoas, cerca das 15.05 horas locais (19.05 horas em Portugal continental).

Acabou por colidir com um autocarro escolar - quatro ocupantes, dois adultos e duas crianças, ficaram feridos sem gravidade. Depois, o condutor saiu da carrinha empunhando duas armas falsas (uma de "paintball" e outra pressão de ar).

Foi atingido a tiro pela polícia no abdómen e posteriormente detido. Está a receber tratamento hospitalar.

O comissário da polícia nova-iorquina, James P. O'Neill, confirmou que o suspeito é um homem de 29 anos que, após a colisão com o autocarro escolar, "fez uma declaração" que levou a polícia a considerar este incidente como um ato de terrorismo. Várias testemunhas indicaram que o suspeito gritou "Alá é grande", segundo fontes policiais citadas pela CNN.

A polícia não está à procura de outros suspeitos. O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, afirmou que o ataque foi efetuado por "um lobo solitário", explicando que não existem indícios que apontem para um plano de maior dimensão.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu ao ataque através do Twitter. "Em Nova Iorque, parece mais um ataque de uma pessoa muito doente e perturbada. As autoridades estão a acompanhar a situação. Não nos EUA!", escreveu.

Vários veículos da polícia foram mobilizados para esta zona de Manhattan, junto de West Street e da Chambers Street, perto de um colégio e de um liceu e a apenas alguns quarteirões do memorial erigido em honra das vítimas do 11 de setembro de 2001.

M.C.C. e S.A. | Jornal de Notícias | Foto Shannon Stapleton/Reuters

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