A organização timorense Fundação
Mahein (FM) defendeu ontem que o desenvolvimento da capacidade operacional do
componente naval deve ser a prioridade das forças de Defesa, ajudando assim a
proteger os importantes recursos marítimos de Timor-Leste.
"As F-FDTL devem
concentrar-se no desenvolvimento das capacidades que podem apoiar o
desenvolvimento socioeconómico de Timor-Leste, proteger os seus recursos
naturais e aumentar a sua cooperação internacional em matéria de segurança,
mantendo um grau de capacidade de dissuadir a agressão externa", defendeu
a organização em comunicado.
"Talvez a capacidade mais
importante envolva o patrulhamento de águas territoriais. Neste ponto, a
prioridade da F-FDTL deve ser o seu Componente Naval", defende a
organização.
As Forças de Defesa de
Timor-Leste (F-FDTL), que tiveram como precursor as Falintil, o braço armado da
resistência timorense à ocupação indonésia, cumprem ontem 17 anos.
Por ocasião da comemoração, a FM
recorda que os "incidentes de pesca ilegal no ano passado demonstraram que
o controle de Timor-Leste sobre suas próprias águas territoriais é muito
limitado".
Por isso, e para garantir a
proteção do enorme valor económico dos mares, tanto na pesca como no turismo, é
essencial defende a FM que o "desenvolvimento da capacidade operacional do
Componente Naval seja a principal prioridade da organização no futuro".
Para a FM o 17º aniversário das
Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), comemorado ontem, deve ser um ponto
de "reflexão" sobre o futuro da organização e sobre as melhores
formas de servir a nação.
Um futuro, defende, que passa por
crescente cooperação com as forças dos países vizinhos, "um aspeto
fundamental da segurança nacional de Timor-Leste" e que é crucial para
"a capacitação, familiaridade, desenvolvimento de capacidade e cooperação
de segurança internacional".
Em particular a FM destaca a
cooperação com as Força Defesa Australiana (ADF na sua sigla em inglês) e com
as forças armadas indonésias (TNI) e a aposta em "parcerias estratégicas
com uma ampla gama de países, particularmente aqueles ativos nas regiões do
Sudeste Asiático e da Oceânia".
Entre outros aspetos a FM defende
melhorias à capacidade de engenharia das F-FDTL "para auxiliar nos
esforços de infraestrutura" e mais atenção a temas como a "manutenção
da paz internacional", que daria mais experiência aos efetivos timorenses.
Lusa | em SAPO TL
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