domingo, 15 de abril de 2018

EUA atacaram Síria porque não suportam derrota de 'seus' grupos terroristas - analista


Especialista político explica que razões estão por trás do recente ataque lançado pelos EUA e seus aliados contra a Síria.

O ataque conjunto realizado neste sábado pelos EUA, Reino Unido e França contra a Síria teve lugar porque essas potências ocidentais "não suportam a derrota" de "seus" grupos terroristas que operam em território sírio, onde os extremistas "praticamente foram eliminados", opina o analista político Basem Tajeldine.

O especialista supõe que o bombardeio contra Damasco "não é justificado" e "não há provas" do suposto ataque químico levado a cabo na semana passada na cidade síria de Douma (Ghouta Oriental) e que Washington e seus aliados usaram-no como pretexto para atacar o país árabe.

Ao mesmo tempo, ele afirma que os Estados ocidentais, com ajuda de seus meios de comunicação, "são muito bons" em "construir 'shows' mediáticos e manipular a informação", justificando, assim, sua agressão.

"A melhor explicação deste bombardeio é a reação desesperada dos EUA" que tentam "apoiar os grupos terroristas derrotados", violando o direito internacional e o raciocínio, afirmou.

'Falsos argumentos para justificar o ataque'

Tajeldine sublinha que o ataque aéreo contra Síria se realizou na véspera de a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) iniciar sua investigação sobre o suposto ataque químico na cidade síria de Douma.

EUA e seus aliados "déspotas" têm "estado utilizando falsos argumentos para agredir a Síria" e planejavam fazer com este país o que já fizeram com a Líbia e o Iraque, assegurou.

No entanto, o especialista político está seguro que eles "subestimaram" o apoio prestado a Damasco pelo Irão e pela Rússia, sendo que os EUA e seus aliados europeus não conseguiram atingir todos os alvos que planejavam afetar.

Para concluir, o analista indica que a única forma como a Síria pode dissuadir e deter este tipo de agressões por parte de "assassinos" como o imperialismo é "armar-se como o fazem o Irã ou a Coreia do Norte, apesar das críticas que têm que enfrentar".

Sputnik | Foto: Reuters/Sana

Nota TA - A realidade é que até este momento (15/4) não foi apresentada uma única prova de que ocorreu um ataque químico e quem foi o responsável, se o regime do presidente Assad ou grupos terrorista patrocinados pelos EUA que se movimentam naquele teatro de guerra sírio. O presidente francês, Macron, declarou há dias que possuía provas do ataque químico e que o regime de Assad é o responsável, mas não apresentou as provas. Sinal de que não as tem, em príncipio. A questão é: existiu de facto ataque químico? Quem foi o responsável? Que provas existem para legitimar o ataque dos EUA, Reino Unido e França? Se mentem, como mentiram no Iraque, são tão terroristas quanto os grupos terroristas. É o mínimo que se deve e pode pensar. Urge apurar a verdade. Uma equipa patrocinada pela ONU já está no terreno para apurar a verdade - pelo menos da existência do ataque químico. Depois faltará apurar o responsável por tão terrível ação... e punir adequadamente.

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