Especialista político explica que
razões estão por trás do recente ataque lançado pelos EUA e seus aliados contra
a Síria.
O ataque conjunto realizado
neste sábado pelos EUA, Reino Unido e França contra a Síria teve lugar porque
essas potências ocidentais "não suportam a derrota" de
"seus" grupos terroristas que operam em território sírio, onde os
extremistas "praticamente foram eliminados", opina o analista
político Basem Tajeldine.
O especialista supõe que o
bombardeio contra Damasco "não é justificado" e "não há
provas" do suposto ataque químico levado a cabo na semana passada na
cidade síria de Douma (Ghouta Oriental) e que Washington e seus aliados
usaram-no como pretexto para atacar o país árabe.
Ao mesmo tempo, ele afirma que os
Estados ocidentais, com ajuda de seus meios de comunicação, "são muito
bons" em "construir 'shows' mediáticos e manipular a
informação", justificando, assim, sua agressão.
"A melhor explicação deste
bombardeio é a reação desesperada dos EUA" que tentam "apoiar os
grupos terroristas derrotados", violando o direito internacional e o
raciocínio, afirmou.
'Falsos argumentos para
justificar o ataque'
Tajeldine sublinha que o ataque
aéreo contra Síria se realizou na véspera de a Organização para a Proibição de
Armas Químicas (OPAQ) iniciar sua investigação sobre o suposto ataque químico
na cidade síria de Douma.
EUA e seus aliados
"déspotas" têm "estado utilizando falsos argumentos para agredir
a Síria" e planejavam fazer com este país o que já fizeram com a Líbia e o
Iraque, assegurou.
No entanto, o especialista
político está seguro que eles "subestimaram" o apoio prestado a
Damasco pelo Irão e pela Rússia, sendo que os EUA e seus aliados europeus não
conseguiram atingir todos os alvos que planejavam afetar.
Para concluir, o analista indica
que a única forma como a Síria pode dissuadir e deter este tipo de agressões
por parte de "assassinos" como o imperialismo é "armar-se como o
fazem o Irã ou a Coreia do Norte, apesar das críticas que têm que
enfrentar".
Sputnik | Foto: Reuters/Sana
Nota TA - A realidade é que até este momento (15/4) não foi apresentada uma única prova de que ocorreu um ataque químico e quem foi o responsável, se o regime do presidente Assad ou grupos terrorista patrocinados pelos EUA que se movimentam naquele teatro de guerra sírio. O presidente francês, Macron, declarou há dias que possuía provas do ataque químico e que o regime de Assad é o responsável, mas não apresentou as provas. Sinal de que não as tem, em príncipio. A questão é: existiu de facto ataque químico? Quem foi o responsável? Que provas existem para legitimar o ataque dos EUA, Reino Unido e França? Se mentem, como mentiram no Iraque, são tão terroristas quanto os grupos terroristas. É o mínimo que se deve e pode pensar. Urge apurar a verdade. Uma equipa patrocinada pela ONU já está no terreno para apurar a verdade - pelo menos da existência do ataque químico. Depois faltará apurar o responsável por tão terrível ação... e punir adequadamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário