segunda-feira, 2 de abril de 2018

LIÇENÇA PARA MATAR | Israel assassina mais 17 palestinianos e fere 1400. ONU não condena


Foi mais uma das imensas ações israelitas de puro massacre a manifestantes na Faixa de Gaza, junto ao muro da vergonha que os israelitas construíram. A Palestina, ocupada por Israel, é objeto de ataques massivos que nem a ONU condenada, nem o chamado mundo ocidental civilizado e democrático está para isso. Se Israel quer assassinar não tem rebuço em fazê-lo e as consequências dos crimes daquele estado ficam sistematicamente impunes. 

Neste último crime, ontem, mais 17 palestinianos foram massacrados, assassinados pelos militares ocupacionistas e criminosos que obedecem a governos de Israel que já merecem há imenso tempo sentarem-se no banco dos réus do Tribunal Penal Internacional.

Os israelitas alegam que a manifestação não foi pacifica por parte dos palestinianos, que disparam contra os seus militares e que lançaram pedras (não houve baixas israelitas). Alguma vez Israel podia dizer o contrário – que a manifestação foi pacífica – para justificar a sua sanha assassina?

Do Notícias ao Minuto transcrevemos texto sobre aqueles acontecimentos, no rescaldo de mais um massacre israelita que, como muitos outros, gozará da impunidade e licença para continuar a matar. (MM | PG)


Famílias choram palestinianos mortos no primeiro de muitos dias de luta

As imagens que chegam da Faixa de Gaza impressionam pela violência e comoção. Até ao momento, pelo menos 17 pessoas, entre os 17 e o 35 anos, morreram e mais de 1.400 ficaram feridas. Protestos poderão durar várias semanas.

Os habitantes da Faixa de Gaza choram a morte dos palestinianos mortos na passada sexta-feira pelo exército israelita. O último balanço dos confrontos entre manifestantes e autoridades israelitas dá conta de 17 mortos e mais de 1.400 feridos, muitos em estado grave, pelo que o número de mortos poderá subir. Para além disso, as manifestações deverão continuar e os palestinianos estão de luto.

No rescaldo da violência, este sábado está a ser marcado pelos funerais das vítimas e por novos protestos. Enquanto isso acontece, os hospitais de Gaza – completamente cercada pelas forças israelitas e a atravessar uma enorme crise humanitária – estão a ficar completamente cheios, sem meios para tratar os mais de mil feridos.

Os palestinianos culpam Israel pela opressão ao seu povo, assim como a chamada comunidade internacional, nomeadamente a ONU, que tem fechado os olhos à atuação das autoridades israelitas. Israel, pela sua vez, acusa o movimento fundamentalista islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, de estar a mentir, sendo que o seu objetivo é usar os protestos como forma de gerar violência contra o Estado hebraico. 

A violência começou na sexta-feira quando milhares de palestinianos rumaram à fronteira com Israel para iniciar um protesto para assinalar o Dia da Terra.

Há 42 anos, seis palestinianos foram mortos pelas forças israelitas, uma data simbólica que levou os palestinianos a saírem à rua durante 48 dias, até 15 de maio, data em que se assinala a Naqba (que significa tragédia), quando cerca de 750 mil palestinianos foram expulsos das suas casas durante a guerra que levou à fundação do Estado de Israel. Os israelitas, por seu turno, assinalam esta data como a da sua independência, e a coincidir com esta efeméride, este ano, está prevista a abertura da embaixada norte-americana em Jerusalém.

Por estes motivos, os palestinianos decidiram iniciar os protestos que se preveem longos e intensos. Depois de um agricultor palestiniano ter sido assassinado pelos militares israelitas, a violência escalou rapidamente e os confrontos causaram, pelo menos, 17 mortos, a maioria entre os 17 e os 35 anos, segundo o porta-voz do governo palestiniano ao The Guardian.

Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se de emergência e António Guterres, secretário-geral da ONU apelou a uma solução para a crescente violência da região.

Pedro Bastos Reis | Notícias ao Minuto

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