O presidente das Filipinas,
Rodrigo Duterte, confessou hoje que prefere não nomear mulheres para
"cargos importantes"no Governo, uma vez que se sente incomodado em
pedir que cumpram determinadas missões ou tarefas.
Ocontroverso Chefe de Estado
filipino exemplificou, dizendo que se sente "incomodado por pedir a uma
mulher que vá de repente a Marawi", cidade onde em 2017 se travou durante
cinco meses uma sangrenta batalha entre o exército e partidários do movimento
terrorista Estado Islâmico, comandados pelo grupo Maute.
"Pode pedir-se isso a uma
mulher, forçá-la a essa situação?", questionou o presidente
filipino,durante uma sessão pública de discussão de novas tecnologias.
Duterte, que tem um largo registo
de afirmações consideradas misóginas e sexistas, garante que prefere trabalhar
com homens porque estes "podem receber uma avalanche de ordens sem se
queixarem".
O governante de 73 anos diz ainda
que há certos cargos "mais adequados às mulheres", como a pasta do
Turismo.
No gabinete de Duterte têm
assento cinco mulheres, nos departamentos de Turismo, Educação e Bem Estar
Social e nas comissões contra a pobreza e dos muçulmanos.
Duterte esteve no centro de mais
uma polémica no início de junho quando beijou nos lábios uma mulher da
comunidade filipina de Seoul, Coreia do Sul.
Em fevereiro tinha também
recomendado aos militares que "alvejassem a tiro as vaginas das
guerrilheiras, para que estas não possam procriar.
Lusa | em Notícias ao Minuto |
Foto: Reuters
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