Pelo menos 76 pessoas morreram e
outras 75 estão dadas como desaparecidas, incluindo várias crianças, na Coreia
do Norte na sequência de graves inundações que estão a afetar aquele país,
informou, esta quinta-feira, a Cruz Vermelha.
A organização internacional, que
tem vários voluntários mobilizados no terreno para encontrar possíveis
sobreviventes, divulgou que as chuvas torrenciais registadas nas províncias de
Hwanghae do Norte e do Sul (na zona sul do território norte-coreano) provocaram
inundações, deslizamentos de terras e o colapso de mais de 800 edifícios,
incluindo escolas e centros médicos.
As más condições meteorológicas
também provocaram milhares de desalojados.
"Milhares de pessoas
perderam as respetivas casas e têm a necessidade urgente de serviços de saúde,
abrigos, alimentação, água potável e de instalações sanitárias", afirmou
John Fleming, elemento do ramo norte-coreano da Federação Internacional das
Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
"Com a estação fria a
chegar, estamos preocupados com as consequências deste desastre no aumento dos
riscos de problemas de saúde e de insegurança alimentar em algumas
comunidades", acrescentou o representante.
A Coreia do Norte, país marcado
por níveis de pobreza muito elevados, é particularmente vulnerável a desastres
naturais.
Em 2016, mais de 130 pessoas
morreram na província de Hamgyong Norte (nordeste) na sequência de inundações
que destruíram muitos edifícios e deixaram centenas de milhares de pessoas sem
casa e sem comida.
O território do país é composto
maioritariamente por montanhas e colinas, que foram totalmente desbravadas para
fornecer lenha ou para serem transformadas em terrenos de cultivo, nomeadamente
para a cultura do arroz. Tais medidas permitem uma circulação livre e desimpedida
das águas pluviais.
Jornal de Notícias
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