Em Timor-Leste a miséria
espreita-nos a cada passo mas há aqueles que fazem de conta que não a vêem. Nem
as estatísticas os vêem e para elas não contam. Estatísticas? Que estatísticas?
Que credibilidade merecem?
Em contraste, principalmente na
capital, Díli, os sinais exteriores de muita riqueza encandeiam os olhos dos
que sobrevivem na miséria, no desemprego, na exclusão. Incluindo aquele timorense
que foi surpreendido a comer a comida de lata, em conserva, do cão da família do patrão. Porém os
que não vêem a miséria a passar-lhes frente aos olhos, frente aos seus bons
automóveis, dizem com veemência que não há fome no país. E refestelam-se nos cómodos e bons sofás das suas boas casas.
Por quase todo o país as bolsas
de carenciados são imensas. A pobreza extrema adormece e desperta com centenas
de milhares de timorenses, pontual como o cantar dos galos. (BG | TA)
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