Díli, 18 jan (Lusa) -- Cerca de
30% da população timorense enfrenta insegurança alimentar, valor que aumenta
para mais de metade em algumas das regiões do país, segundo um relatório sobre
a alimentação no país, divulgado pelas autoridades nacionais.
"Cerca de 30% da população
de Timor-Leste enfrenta insegurança alimentar crónica, 21% enfrenta insegurança
alimentar moderada e 15% insegurança grave", explicou o ministro da
Agricultura e Pescas, Joaquim Martins Gusmão.
A situação é particularmente
grave em zonas como o enclave da Região Administrativa Especial de
Oecusse-Ambeno (RAEOA) ou o município de Ermera, a sul da capital, onde
respetivamente 58 e 55 por cento dos habitantes enfrentam insegurança grave
crónica.
Rofino Soares Gusmão, chefe do
Departamento de Segurança Alimentar disse que a população que vive essa
situação é de 42% em Ainaro, de 40% em Manufahi, de 37% em Aileu e de 35% em
Baucau, a segunda cidade do país.
Melhorar a produtividade agrícola
e fortalecer a qualidade alimentar das populações são essenciais, defende o
Governo, nas zonas mais afetadas.
Dados das Nações Unidas mostram
que uma maioria da população continua sem se alimentar adequadamente, com a
nutrição a afetar significativamente a saúde de muitos timorenses.
O problema da nutrição é um dos
mais graves em Timor-Leste, com elevados índices de nanismo e raquitismo entre
as crianças.
ASP // FST
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