Díli, 06 fev (Lusa) --
Timor-Leste necessita de implementar rapidamente estratégias que contribuam
para mitigar os efeitos que as alterações climáticas já começam a ter no país,
especialmente nas zonas costeiras, disse hoje o secretário de Estado do Ambiente.
"Vemos muitas vezes os
efeitos das alterações climáticas, não só em Timor-Leste, mas em todo o mundo.
Efeitos que se notam em inundações ou outros problemas em muitos locais",
afirmou Demétrio Amaral.
Amaral falava num seminário sobre
a "gestão de áreas costeiras num contexto de rápida urbanização turística
e alterações climáticas" no sudeste asiático, em que foi apresentada
alguma informação preliminar de uma investigação conduzida durante dois anos em
três países: Indonésia, Timor-Leste e Tailândia.
Uma das preocupações é o impacto
que as alterações climáticas terão nos futuros esforços do país desenvolver o
setor do turismo.
"Em Timor-Leste hoje em dia,
o turismo ainda não está bem desenvolvido, mas consideramos que o país tem um
forte potencial para que no futuro possamos reduzir a nossa dependência no
petróleo", disse.
Intervindo no encontro, o
embaixador francês para a Indonésia e Timor-Leste, Jean-Charles Berthonnet,
considerou que o combate a alterações climáticas, especialmente nas zonas
costeiras, é um grande desafio.
Berthonet referiu-se não apenas
aos impactos ambientais em si mas aos efeitos, especialmente em países
dependentes da costa, na economia e social, com "grande vulnerabilidade de
pequenas ilhas-nações que sentem o impacto diretamente".
Neste âmbito, o diplomata
destacou dois aspetos essenciais -- planeamento urbano e inovação -- como eixos
de trabalho, para desenvolver políticas em áreas diversas como habitação,
transporte ou proteção ambiental.
Francisco Martins, reitor da
Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), sublinhou a importância de medidas
holísticas, procurando intervenções que maximizem os potenciais das zonas
costeiras.
ASP // VM
Sem comentários:
Enviar um comentário