A economia timorense deverá recuar este ano pelo menos 6,8%, com um crescimento previsto de 4% em 2021, segundo as Perspetivas Económicas Mundiais divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os dados do FMI notam que a economia timorense recuou em três dos últimos quatro anos, com a crise política e a falta de orçamento a condicionar as quedas de 3,8% em 2017 e de 0,8% em 2018, valores que não foram recuperados em 2019, quando a economia cresceu 3,1%.
Com a queda prevista para este ano, a economia recua praticamente a níveis de 2014.
O FMI prevê ainda que a balança da conta corrente recue este ano 13,7% do PIB, valores que deverão ser ainda mais elevados nos próximos anos, de 27,6% do PIB em 2021 e de 36,2% do PIB em 2025.
A economia timorense tem sido afetada pelos impactos da pandemia da covid-19 que, porém, agravaram uma situação de crise política e económica que já se arrastava desde 2017, com impactos em reduzidos gastos públicos, principal motor da economia.
Timor-Leste tem atualmente um caso ativo de covid-19 e está no seu sexto período de estado de emergência de 30 dias.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
As medidas para combater a covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e o FMI alertou que a pandemia reverterá os progressos feitos desde os anos de 1990, em termos de pobreza, e aumentará a desigualdade.
Sem comentários:
Enviar um comentário