Jacarta,
28 abr (Lusa) -- A Indonésia executou hoje (madrugada de quarta-feira na
Indonésia) por fuzilamento oito condenados à morte por tráfico de droga, sete
dos quais estrangeiros, incluindo o cidadão brasileiro Rodrigo Gularte,
noticiou a imprensa local.
Uma
mulher filipina, Mary Jane Veloso, que constava da lista de condenados a
executar viu a sua execução suspensa no último momento.
Para
além de Gularte, foram executados dois australianos, quatro nigerianos e um
indonésio.
De
acordo com o diário Jakarta Post e estações de televisão indonésias, os
condenados foram executados na noite de hoje na ilha-prisão de segurança máxima
de Nusakambangan, 830 quilómetros a sudeste de Jacarta.
Todos
os pedidos de clemência do governo do Brasil e os recursos apresentados à
justiça a favor de Rodrigo Gularte foram rejeitados pelas autoridades
indonésias.
O
brasileiro, preso em 2004 com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de
surf, foi condenado à morte em 2005.
O
governo brasileiro pediu novamente, no domingo, que o brasileiro não fosse
morto, pois sofreria de esquizofrenia, pelo que deveria ser transferido para um
hospital para receber tratamento psiquiátrico.
A
família deste brasileiro de 42 anos, originário do Paraná (sul do Brasil),
apresentou às autoridades indonésias vários relatórios de médicos atestando que
Rodrigo é esquizofrénico.
Um
cidadão francês, Serge Atlaoui, estava também incluído na lista dos condenados
a serem executados hoje, mas foi retirado dessa lista no sábado, pois teria
ainda um recurso pendente na justiça indonésia e o governo francês exerceu
também muita pressão sobre a Indonésia neste caso.
O
secretário-geral da ONU pediu, no domingo, para o Governo indonésio não
executar estas nove pessoas, reiterando a tradicional oposição à pena capital.
A
legislação antidroga na Indonésia é considerada como uma das mais severas a
nível mundial. Em 2014, o Presidente indonésio, Joko Widodo, que termina as
funções em outubro, rejeitou todos os pedidos de clemência apresentados pelos
condenados à pena capital por tráfico de droga.
Em
janeiro, a Indonésia executou seis traficantes de droga, incluindo o brasileiro
Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre a
Indonésia e o Brasil.
CSR
// EL
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