Pequim,
26 mai (Lusa) - A China anunciou a disposição de reforçar a marinha e o seu
potencial bélico no domínio eletrónico, para desenvolver uma "defesa
ativa" do país, mas garantiu que "só atacará se for atacada".
"Não
atacaremos a não ser que sejamos atacados e contra-atacaremos, de certeza, se
formos atacados", diz o primeiro Livro Branco do Governo chinês sobre
estratégia militar, difundido hoje em Pequim.
Segundo
o documento, apesar do crescente poder económico e influência internacionais da
China, a política de Defesa do país continua assente nos "princípios da
defesa e autodefesa".
"Por
mais forte que a China se torne, nunca se desviará desta estratégia e não
procurará uma expansão militar. A China é contra o hegemonismo em todas as suas
formas", proclama o Livro Branco.
Os
estrategas chineses consideram que num futuro próximo "não é previsível
uma guerra mundial" e que "a situação internacional deverá permanecer
geralmente pacífica", mas alertam, sem mencionar qualquer país, que
"há ameaças externas de hegemonismo e neointervencionismo".
A
China mantém um aceso diferendo com o Japão acerca da soberania das Ihas Diaoyu
(Senkaku, em japonês) e considera que os diversos arquipélagos do Mar do Sul da
China reclamados também pelo Vietname, Filipinas e outros países da região são
igualmente "parte integrante" do seu território.
O
traçado da longa fronteira sino-indiana, que já originou uma guerra entre os
dois países mais populosos do planeta, em 1961, também está ainda por regular.
As
Foças Armadas chinesas, as mais numerosas do mundo, com cerca de 2,3 milhões de
efetivos, mantêm o revolucionário nome de Exército Popular de Libertação e são
chefiadas por uma Comissão Militar Central, presidida pelo secretário-geral do
Partido Comunista Chinês, o cargo político mais importante do país.
AC
// VM
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