Escolas
e instalações de saúde permanecem paralisadas em meio à destruição; governo
nepalês estima gastos de um terço do PIB do país para reerguer país
Um
mês após um terremoto de 7,8 graus na escala Richter atingir
o Nepal e matar mais de 8.600 pessoas, a ONU (Organização das Nações Unidas)
declarou nesta segunda-feira (25/05) que a situação no pequeno país asiático
continua "sombria" e o apoio da comunidade internacional para a reconstrução
é “decepcionante”.
De acordo com dados divulgados pelas Nações Unidas hoje, o órgão recebeu até o momento só US$ 92,4 milhões dos cerca de US$ 420 milhões que solicitou a doadores internacionais para ajuda imediata ao Nepal.
De acordo com dados divulgados pelas Nações Unidas hoje, o órgão recebeu até o momento só US$ 92,4 milhões dos cerca de US$ 420 milhões que solicitou a doadores internacionais para ajuda imediata ao Nepal.
“Estou decepcionado, no sentido de que houve uma reação impressionante em termos de busca e resgate – todas as equipes que vieram fazer o trabalho o fizeram de forma impressionante e abrangente – e agora talvez pensem que o trabalho esteja encerrado”, afirmou Jamie McGoldrick, coordenador residente da ONU no Nepal, em entrevista por telefone à Reuters.
Nesta etapa de reconstrução, um dos grandes temores com a aproximação da temporada de monções é o risco de deslizamento de terras pelas chuvas e ventos, o que pode matar ainda mais cidadãos, comprometendo a já frágil infraestrutura da nação. Para o governo nepalês, essa reconstrução é estimada em US$ 7 bilhões, um terço do seu PIB e deve durar anos.
Desastre
Além
Na área de educação, a ONU recordou hoje que 1 milhão de crianças e adolescentes não poderá voltar às aulas quando as escolas reabrirem no próximo domingo. Em ao menos três distritos do Vale do Katmandu, a destruição de instituições de ensino foi de 90%.
Já em termos de saúde, agências humanitárias temem o surgimento de epidemias, como cólera, no país. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o tremor de 25 de abril danificou 26 importantes hospitais e atingiu 1.100 instalações de saúde, afetando mais de 5.6 milhões de pessoas.
Na última sexta (22/05), a OMS ainda afirmou em comunicado que a ameaça do desastre está longe de ter acabado, apesar do enfraquecimento da repercussão do caso por parte da imprensa internacional. “Há mais desafios à frente. É urgente retomar os serviços de saúde primária e manter vigilância estrita para responder à possibilidade de surtos de doenças”, afirmou Dr. Poonam Khetrapal Singh.
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