Banguecoque,
26 mai (Lusa) - O ex-enviado da ONU na Birmânia Razali Ismail pediu hoje que a
Malásia inicie uma investigação para descobrir possíveis relações entre
funcionários locais e as redes de tráfico humano, escreve hoje a imprensa
local.
Na
segunda-feira as autoridades malaias anunciaram ter encontrado 28 cemitérios
clandestinos com 139 valas comuns, onde estão os restos mortais de imigrantes
vítimas do tráfico de pessoas, a cerca de 500 metros da fronteira com a
Tailândia.
"Algumas
das pessoas em uniforme participaram [no crime]. Temos de acabar com isso
(...). Este é o momento de lutar e reconhecer este enorme crime transnacional
no sudeste asiático", assinalou Razali Ismail, em declarações ao canal
Channel News Asia.
Uma
equipa de especialistas forenses começou hoje a exumar os corpos encontrados
nos campos, os quais, segundo relatórios preliminares, mostram sinais de tortura.
O
chefe da polícia nacional malaia, Khalid Abu Bakar, indicou que ainda não se
sabe o número exato de cadáveres enterrados nesta zona de selva montanhosa,
acreditando-se, no entanto, que sejam cidadãos do Bangladesh e da Birmânia.
ISG
// JCS
Sem comentários:
Enviar um comentário