Díli,
26 mai (Lusa) - A eurodeputada portuguesa Ana Gomes considerou hoje que
Timor-Leste é um país com uma "atividade económica frenética", amplas
oportunidades de investimento, ainda que com alguns riscos, antecipando um bom
futuro para o relacionamento com Portugal.
"Já
não vinha a timor há dois anos e cada vez que venho noto diferenças. E nestes
dois anos, a diferença é talvez mais evidente do que nunca. Dili, não pude sair
da capital desta vez, denota um esforço de construção, uma atividade económica
frenética, com investimento nas capacidades. Sempre pensei que Timor era viável
e saio daqui claramente reforçada nessa convicção de que o entendimento
politica, a relativa acalmia politica atual é positiva para os saltos que esta
a dar no sentido do progresso", disse à agência Lusa no final de uma
visita de três dias à capital timorense.
Ana
Gomes, que chegou sábado a Timor-Leste, encontrou-se com vários responsáveis
timorenses, incluindo o chefe de Estado, Taur Matan Ruak, o primeiro-ministro,
Rui Maria de Araújo e o seu antecessor, Xanana Gusmão.
A
eurodeputada esteve ainda reunida com o ministro Coordenador da Justiça,
Dionisio Babo, com o ministro de Estado e da Presidência do Conselho de
Ministros, Agio Pereira e com os advogados do cidadão timorense, não tendo
conseguido reunir-se com o procurador-geral.
Ana
Gomes considerou que a aposta no ensino do português é essencial, destacando,
por exemplo, que muitas das dificuldades de setores como o da justiça têm a ver
com o deficiente domínio do português.
"Tudo
o que possamos fazer na área da capacitação e formação é muito positivo. Muito
passa pela língua. É uma questão central. Portugal está a fazer muito, mas pode
fazer muito mais, além de outros aspetos de formação técnica", destacou.
Sobre
Timor-Leste Ana Gomes destacou as "oportunidades económicas" que
"comportam riscos designadamente a corrupção", mas que são
"verdadeiramente extraordinárias.
"Vejo
o país a fervilhar de jovens, empresários, empreendedores, consultores e
juristas portugueses. Há futuro para Timor e para Portugal em Timor, se houver
bom senso na forma de gerir os problemas que vão surgindo", considerou.
ASP
// ARA
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