Macau,
China, 05 mai (Lusa) - Um grupo de 26 empresas portuguesas participa entre 26 e
28 de junho na Wine & Gourmet Taipei 2015, o maior certame do género de
Taiwan e numa iniciativa da Associação Empresarial Portuguesa com o apoio da
empresa Voyager.
O
Pavilhão de Portugal, com 144 metros quadrados será ainda animado pelo grupo
'Alentejanos de Serpa' que levam os cantares tradicionais alentejanos ao
pavilhão português.
Vinhos,
águas cervejas, azeites, conservas e outros produtos alimentares de norte a sul
de Portugal vão estar presentes no certame que Carlos Couto, arquiteto e
proprietário da Voyager, a empresa associada da AEP, garante ser a "maior
participação nacional num evento do género em Taiwan".
"Nunca
participámos de forma tão organizada e com uma delegação tão variada e de
qualidade", explicou o arquiteto/empresário que há três anos criou a
Voyager para importar para a ilha Formosa vinhos, cervejas e águas nacionais e
agora se prepara-se para "abrir o 'Tuga'", um restaurante português
que é simultaneamente uma montra, espaço de provas e venda, e espaço cultural
de promoção portuguesa.
Carlos
Couto explica que só em 2014 foram importados para Taiwan 19 contentores de
cerveja e água nacional e que desde que começou a importação de vinhos,
azeites, conservas e outros produtos alimentares já foram enviados quatro
contentores e prepara-se para enviar o quinto.
"Há
um mercado muito apetecível para os produtos nacionais de qualidade e depois de
um ano a preparar terreno, a apresentar os nossos produtos, começamos a ter
alguns resultados que, estou convencido disso, serão potenciados com o
'Tuga'", afirmou.
O
restaurante, que terá na cozinha o chefe Gonçalo Rocha, terá uma zona de provas
virada para a rua, uma loja de produtos 'gourmet' e uma zona de leitura com
todas as informações sobre Portugal, dos produtos portugueses, às viagens, aos
hotéis e passeios turísticos e culturais.
"Não
queremos ser apenas mais um restaurante. A nossa aposta passa também por ser um
espaço cultural onde a presença portuguesa pode ser sentida e vivida pelos
taiwaneses. O 'Tuga' tem diversos painéis artísticos sob a assinatura do 'designer'
de Victor Marreiros; a nossa história está representada com imagens e arte
ligada a Fernando Pessoa, Amália Rodrigues, Luís de Camões, D. Henrique ou
mesmo D. Sebastião, e sem esquecer o nosso tão querido Galo (de Barcelos)
reinterpretado pelo Victor, tudo numa mistura da arte com a culinária,
promovendo-se Portugal e tudo o que temos de melhor", explicou.
Carlos
Couto, que no seu currículo tem assinatura, por exemplo, em obras como o
Pavilhão de Portugal na Exposição Mundial de Xangai, salienta a "nova
ofensiva asiática" portuguesa, lembra a "necessidade e vantagem de
abrir uma delegação económica e comercial" na ilha para que se "possa
abrir mais uma porta, um canal para as exportações portuguesas".
"Um
país em crise, com produtos de excelência reconhecidos em todo o mundo não pode
desperdiçar todos os mercados possíveis e Taiwan é apenas um mercado com cerca
de 23 milhões de consumidores, mais do dobro da população portuguesa e onde os portugueses
também são reconhecidos", acrescentou.
E
nem as questões políticas, da não existência de relações diplomáticas com a
ilha, devem impedir qualquer objetivo comercial até porque até Macau, que
integra a China, "tem também uma representação comercial e cultural em
Taiwan", defendeu.
"Os
negócios terão de estar longe da política e nós portugueses temos de promover e
vender mais para fora e procurar destinos que sejam atrativos para os nossos
empresários, papel que Taiwan pode desempenhar também até com a ajuda e
conhecimento empresarial asiático que existe em Macau", concluiu.
JCS
// MSF
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