Macau,
China, 07 mai (Lusa) -- Autoridades da província de Guangdong estiveram hoje em
Macau a promover as oportunidades da nova zona de comércio livre criada pelo
Governo central chinês este ano, com vista a fomentar os negócios e o
investimento das empresas do território.
"Temos
mais de 10 mil empresas registadas na nossa Zona Experimental [de Comércio
Livre de Guangdong]. Decidimos realizar esta sessão de esclarecimento em Macau
para dar uma primeira oportunidade aos empresários de Macau", afirmou a
vice-governadora de Guangdong, Zhao Yufang.
A
mesma responsável destacou que estão a ser desenvolvidas medidas para fomentar
"um ambiente propício aos negócios" e ao "investimento de Macau
e do estrangeiro".
"Queremos
construir a rota da seda do século XXI, trazendo mais vantagens e serviços de
qualidade", afirmou Zhao Yufang.
A
vice-governadora de Guangdong invocou a ideia de plataforma: "Pretendemos
com os países de língua portuguesa e países asiáticos, nos diversos aspetos do
turismo e indústrias criativas, atender os negócios do mercado
internacional".
Zhao
Yufang apontou também os "serviços logísticos, de informação e de recursos
humanos" como áreas onde "é possível inovar" e tornar a região
mais dinâmica.
Na
sessão de hoje foi também referida a oportunidade de as empresas registadas na
Zona de Livre Comércio de Guangdong prestarem serviços para o exterior, e a
partir dali conseguirem desenvolver a sua internacionalização.
A
simplificação do registo de empresas e dos procedimentos nas alfândegas e
inspeção foram também invocadas para facilitar o fluxo de mercadorias.
Além
disso, foi abordada a liberalização financeira. Três moedas circulam nos
diferentes territórios: a pataca (Macau), o dólar de Hong Kong (Hong Kong) e o
yuan (China).
Wei
Guanxiong, do Gabinete para os Assuntos Financeiros de Guangdong, falou sobre a
reforma financeira e sobre o "caminho para a internacionalização" do
yuan.
"Estamos
muito virados para Hong Kong, para um fluxo livre das nossas moedas e para a
boa intercomunicabilidade financeira entre Guangdong e Macau, e posteriormente
para o exterior", afirmou.
Wei
Guanxiong referiu também a possibilidade "da emissão de ações na moeda
chinesa" por empresas financeiras de Macau e Hong Kong, e de "os
investidores da China emitirem ações em yuan na bolsa Hong Kong".
Na
abertura da sessão, o chefe do executivo, Chui Sai On, disse que a Zona
Experimental de Comércio Livre de Guangdong, no interior da China, é mais um
passo para a integração regional e "contribui para a diversificação
económica de Macau".
Chui
Sai On disse também que o governo regional "vai ponderar as vantagens
destas políticas da zona experimental para traçar estratégias para que Macau,
mais uma vez, saliente o seu papel de plataforma".
"Esperamos
que, com estas políticas, haja mais oportunidades para as pequenas e médias
empresas, para os jovens locais e para os diferentes setores",
acrescentou.
À
margem da apresentação, o diretor dos Serviços de Economia, Sou Tim Peng,
destacou que as novas políticas da zona Experimental de Comércio Livre de
Guangdong poderão abrir "novas potencialidades para as empresas locais e
também para as empresas dos países de língua portuguesa".
"Isto
vai facilitar o fluxo de comércio de mercadorias, de pessoas, e de capitais
também, na área da liberalização financeira", disse.
FV
// VM
Sem comentários:
Enviar um comentário