Díli,
07 mai (Lusa) - Timor-Leste, o seu Banco Central e o resto do setor financeiro
estão a trabalhar para aumentar a inclusão financeira e acesso da cidadania ao
sistema bancário, essenciais para o desenvolvimento económico do país, afirmou
hoje o primeiro-ministro.
"O
acesso a serviços financeiros básicos é uma parte importante da justiça social,
dando a oportunidade e a liberdade de procurar um novo futuro", afirmou
Rui Maria de Araújo.
"Desbloqueia
o potencial de crescimento dos nossos povos e é motor da economia, criando
empregos e oportunidades", sublinhou.
Rui
Maria de Araújo falava no fórum que marca, oficialmente, a criação da
Iniciativa Regional das Ilhas do Pacífico (PIRI na sua sigla inglesa), projeto
de sete bancos centrais do Pacífico, incluindo Timor-Leste, empenhados em
melhorar o acesso dos cidadãos aos serviços financeiros.
Além
de Timor-Leste a PIRI - que se reúne em Díli até sexta-feira - junta os bancos
centrais das Ilhas Salomão, Fiji, Papua Nova Guiné, Samoa, Tonga e Vanuatu.
O
chefe do Governo recordou que atualmente mais de 2 mil milhões de adultos no
mundo continuam sem acesso a serviços financeiros básicos, situação em que
"infelizmente se encontra a maioria dos timorenses".
No
caso timorense, a pequena população e o isolamento geográfico são alguns dos
principais obstáculos a este processo, que podem, em parte, ser colmatados com
o uso de tecnologia inovadora.
"Sem
serviços financeiros os nossos cidadãos não podem poupar para o futuro e dar
segurança financeira às suas famílias. Não podem investir em pequenos negócios
que lhe deem autonomia e que ajudem ao nosso desenvolvimento económico",
disse.
"Acesso
a serviços bancários básicos também pode ajudar a transformar as vidas das
mulheres e das suas famílias. Ajuda-a as conseguir oportunidades, a ser
autossustentáveis e a desenvolver um sentido de confiança", afirmou.
No
caso timorense, disse, tem sido dados passos importantes para fomentar a
inclusão, entre os quais um programa de educação financeira para crianças e o
lançamento do novo sistema de pagamentos (R-TiMOR), estando a ser desenvolvido
um sistema para a banca por telefone.
"Tecnologia
inovada é, em muitos aspetos, a melhor forma de dar mais acesso às populações.
Permite ainda modelos de banca onde escolas, clínicas, lojas podem ter funções
básicas de pagamento", frisou.
Para
isto é essencial, disse, criar um quadro regulamentar "balançado"
onde se garante segurança e integridade de acesso.
"Ao
dar serviços bancários inclusivos temos que nos proteger de riscos. Com uma
arquitetura que minimiza o risco de abuso, incluindo corrupção, branqueamento
de capitais e financeiro de terrorismo", afirmou.
ASP
// DM
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