quinta-feira, 7 de maio de 2015

Timor-Leste está a trabalhar para melhorar a inclusão financeira - PM


Díli, 07 mai (Lusa) - Timor-Leste, o seu Banco Central e o resto do setor financeiro estão a trabalhar para aumentar a inclusão financeira e acesso da cidadania ao sistema bancário, essenciais para o desenvolvimento económico do país, afirmou hoje o primeiro-ministro.

"O acesso a serviços financeiros básicos é uma parte importante da justiça social, dando a oportunidade e a liberdade de procurar um novo futuro", afirmou Rui Maria de Araújo.
"Desbloqueia o potencial de crescimento dos nossos povos e é motor da economia, criando empregos e oportunidades", sublinhou.

Rui Maria de Araújo falava no fórum que marca, oficialmente, a criação da Iniciativa Regional das Ilhas do Pacífico (PIRI na sua sigla inglesa), projeto de sete bancos centrais do Pacífico, incluindo Timor-Leste, empenhados em melhorar o acesso dos cidadãos aos serviços financeiros.

Além de Timor-Leste a PIRI - que se reúne em Díli até sexta-feira - junta os bancos centrais das Ilhas Salomão, Fiji, Papua Nova Guiné, Samoa, Tonga e Vanuatu.

O chefe do Governo recordou que atualmente mais de 2 mil milhões de adultos no mundo continuam sem acesso a serviços financeiros básicos, situação em que "infelizmente se encontra a maioria dos timorenses".

No caso timorense, a pequena população e o isolamento geográfico são alguns dos principais obstáculos a este processo, que podem, em parte, ser colmatados com o uso de tecnologia inovadora.

"Sem serviços financeiros os nossos cidadãos não podem poupar para o futuro e dar segurança financeira às suas famílias. Não podem investir em pequenos negócios que lhe deem autonomia e que ajudem ao nosso desenvolvimento económico", disse.

"Acesso a serviços bancários básicos também pode ajudar a transformar as vidas das mulheres e das suas famílias. Ajuda-a as conseguir oportunidades, a ser autossustentáveis e a desenvolver um sentido de confiança", afirmou.

No caso timorense, disse, tem sido dados passos importantes para fomentar a inclusão, entre os quais um programa de educação financeira para crianças e o lançamento do novo sistema de pagamentos (R-TiMOR), estando a ser desenvolvido um sistema para a banca por telefone.

"Tecnologia inovada é, em muitos aspetos, a melhor forma de dar mais acesso às populações. Permite ainda modelos de banca onde escolas, clínicas, lojas podem ter funções básicas de pagamento", frisou.

Para isto é essencial, disse, criar um quadro regulamentar "balançado" onde se garante segurança e integridade de acesso.

"Ao dar serviços bancários inclusivos temos que nos proteger de riscos. Com uma arquitetura que minimiza o risco de abuso, incluindo corrupção, branqueamento de capitais e financeiro de terrorismo", afirmou.

ASP // DM

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