segunda-feira, 11 de maio de 2015

PENTÁGONO ALERTA SOBRE EXPANSÃO TERRITORIAL DA CHINA


Pequim vem ampliando infraestrutura de defesa ao construir ilhas artificiais no disputado Mar da China Meridional, afirma Washington. Área tem importância estratégica para rotas marítimas e pode ser rica em petróleo.

O Pentágono advertiu que a China construiu em torno de 800 hectares de ilhas artificiais em águas estratégicas no Mar da China Meridional, que compreende a área que vai de Cingapura ao estreito de Taiwan.

O alerta foi dado no relatório anual do Pentágono ao Congresso dos EUA sobre o estado militar da China, divulgado nesta sexta-feira (08/05). O documento diz que o esforço chinês para angariar território "supera o de qualquer outro requerente", referindo-se a países com reivindicações territoriais na região. Os vizinhos Filipinas, Vietnã, Malásia, Brunei e Taiwan também reivindicam áreas do mar.

Rotas de navegação estrategicamente vitais passam pelo Mar da China Meridional. Acredita-se também que estas águas sejam ricas em petróleo e gás natural.

De acordo com a agência de notícias AFP, Washington está preocupado com o fato de os esforços da China terem uma dimensão militar que possa minar o poderio naval e econômico dos Estados Unidos no Oceano Pacífico.

Imagens de satélite divulgadas no site do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) mostram construções de ilhas chinesas em diversos locais, incluindo uma pista de decolagem no recife de Fiery Cross, localizado no arquipélago das Ilhas Spratly.

De acordo com o relatório dos EUA, de 89 páginas, o objetivo dos esforços chineses ainda não está claro, mas analistas afirmam que Pequim está "tentando mudar os fatos ao melhorar sua infraestrutura de defesa no Mar da China Meridional".

Pequim, no entanto, afirma que as construções estão ocorrendo dentro de seu próprio território e que a intenção é contribuir para buscas e resgates marítimos, navegação e pesquisa.

A reivindicação de terras é apenas uma das áreas em que a China está buscando expandir sua presença global, concluiu o Pentágono.

Deutsche Welle - PV/afp/dpa

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