Banguecoque,
30 jun (Lusa) -- A União Europeia (UE) qualificou hoje de "alarmante"
a prisão de 14 estudantes universitários detidos na passada sexta-feira na
Tailândia por terem participado num ato pacífico de protesto contra o golpe de
Estado do ano passado.
"A
detenção de 14 estudantes por acusações impostas por se terem manifestado
pacificamente a 22 de maio é um acontecimento alarmante", afirmou a
delegação europeia em Banguecoque, em comunicado.
Neste
sentido, apelou às autoridades para que respeitem as obrigações assumidas pela
Tailândia no quadro da convenção internacional sobre direitos civis e
políticos.
"O
respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais deve ser observado e
os tribunais militares não devem ser usados para julgar civis", refere a
mesma nota.
Os
estudantes foram acusados de sedição e de violar a proibição de assembleia
pública, imposta pelos militares, por terem participado num protesto contra o
governo da junta no passado dia 22 de maio, data que marcou o primeiro
aniversário do golpe de Estado.
Após
serem detidos foram presentes a um tribunal militar da capital tailandesa que
ordenou que ficassem em prisão preventiva.
Os
estudantes arriscam uma pena de sete anos de cadeia.
No
primeiro ano após o golpe de Estado, pelo menos 428 pessoas foram detidas pela
junta militar, 166 das quais por manifestar opiniões em público, segundo a
organização iLaw.
DM
//ISG.
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