Banguecoque,
03 jul (Lusa) - O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) sublinhou
hoje a necessidade de reforçar a segurança fronteiriça, no sudeste asiático,
para impedir o tráfico de pessoas.
A
posição do ACNUR está em sintonia com as conclusões da reunião ministerial da
Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, sigla em inglês), que decorreu
na quinta-feira em Kuala
Lumpur.
"A
segurança fronteiriça deve ser reforçada e temos que garantir às vítimas uma
assistência rápida, proteção e alternativas a pedidos de asilo, especialmente
para as crianças", afirmou em comunicado o representanto do ACNUR para o
Sudeste Asiático, James Lynch.
Mais
de 4.800 pessoas desembarcaram no Bangladesh, Birmânia (Myanmar), Indonésia,
Malásia e Tailândia até ao momento, desconhecendo-se o paradeiro de centenas,
de acordo com dados da ONU.
A
reunião ministerial da ASEAN criou um fundo para dar assistência às vítimas e
concordou em partilhar informação, reforçar as respetivas legislações e dotar
os corpos de segurança com melhores meios para perseguir redes de tráfico de
pessoas, mas sem anunciar medidas concretas.
Esta
reunião da organização sobre a deliquência transnacional relacionada com o
movimento irregular de pessoas no sudeste asiático é a última de uma série de
encontros regionais para responder à crise de imigrantes, que começou em maio,
com a chegada às costas indonésias, malaias e tailandesas de barcos com
milhares de migrantes indocumentados.
A
ASEAN integra a Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia,
Singapura, Tailândia e Vietname.
EJ
// APN
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