Nações
Unidas, Nova Iorque, 01 out (Lusa) -- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Rui
Maria de Araújo, defendeu hoje, na 70ª assembleia-geral da ONU, uma reforma da
organização para responder aos novos desafios do século e garantir a paz,
segurança e direitos humanos para todos.
"As
Nações Unidas precisam de uma reforma que lhe permita responder aos desafios
emergentes das novas circunstâncias do século. Reformar o Conselho de Segurança
tem sido apontado como um dos requisitos para o tornar mais representativo e
equilibrado", afirmou o primeiro-ministro timorense.
Rui
Maria Araújo, que tomou posse como primeiro-ministro de Timor-Leste em
fevereiro, falava pela primeira vez numa assembleia-geral da ONU.
"Melhorar
o sistema é o único caminho para que possamos estar preparados para a longa
jornada que temos pela frente, para cumprir e honrar a promessa de paz,
segurança e direitos humanos para todos", sublinhou.
No
discurso, Rui de Araújo lembrou os milhares de refugiados que estão a chegar à
Europa e considerou fundamental "ter em mente" que é preciso dar aos
que "são forçados a fugir da perseguição e do conflito armado a proteção a
que têm direito nos termos do direito internacional".
"Não
podemos esquecer que estas crises, onde quer que sejam, podem arrastar-se e
espalhar-se de forma indiscriminada, afetando a economia, a vida social, a paz
e a estabilidade nas regiões e no mundo", afirmou.
O
primeiro-ministro timorense disse também que a o terrorismo, o crime organizado
e a violência extrema são novos obstáculos à paz e segurança internacional e
que a ONU e a comunidade internacional devem adaptar-se às "novas
ameaças".
Para
Rui de Araújo, é preciso que a ONU e a comunidade internacional se
"adaptem às novas ameaças para garantir um processo de construção de paz e
construir estados inclusivos, responsáveis e transparentes, tendo em vista
alcançar uma paz duradoura".
Outra
ameaça para a comunidade internacional, segundo o chefe do Governo timorense,
são as alterações climáticas, salientando que é tempo de agir.
"As
discussões que vão ter lugar no final deste ano em Paris devem produzir
resultados universais, ambiciosos e vinculados juridicamente", pediu Rui
de Araújo.
MSE
// JPS
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