Lisboa,
30 mar (Lusa) -- A República Checa oficializou em 10 de março o pedido para o
estatuto de observador associado junto do Secretariado Executivo da CPLP,
justificado pelo "interesse que o mundo lusófono" desperta no país.
"O
pedido de atribuição do estatuto de observador vem confirmar o interesse pelo
mundo lusófono manifestado pela República Checa na prossecução das atividades
desenvolvidas nos tempos da Checoslováquia", refere uma nota do Governo de
Praga enviada à Lusa através da sua representação diplomática em Lisboa.
A
iniciativa do Executivo checo também é justificada pela presença da língua
portuguesa em diversas instituições de ensino neste país da Europa Central.
"O
português é ensinado em cursos de licenciatura e mestrado em três universidades
checas e estamos muito satisfeitos pela presença de centenas de estudantes
portugueses na República Checa e pela posição cada vez mais ativa dos nossos empresários
no Brasil ou nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). É para
nós uma honra estar ao lado do mundo lusófono e temos a consciência da sua
crescente importância", conclui a nota.
O
Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
deverá entretanto remeter o pedido para apreciação do Comité de Concertação
Permanente, encaminhando-o de seguida para o Conselho de Ministros, que
recomendará a decisão final a ser tomada pela próxima cimeira de chefes de
Estado e de governo da organização, prevista para julho em Brasília.
De
acordo com os estatutos da organização, os observadores associados beneficiarão
dessa qualidade "a título permanente e poderão participar, sem direito a
voto, nas cimeiras de chefes de Estado e de governo, bem como no Conselho de
Ministros, sendo-lhes facultado o acesso à correspondente documentação não
confidencial, podendo ainda apresentar comunicações desde que devidamente
autorizados".
A
CPLP inclui nove Estados-membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e
diversos observadores associados, onde se incluem o Senegal, Ilha Maurícia,
Geórgia, Namíbia, Turquia e Japão.
A
Comunidade integra ainda diversos observadores consultivos, provenientes de
diversos setores da sociedade civil.
PCR
// EL
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