Novo
PM quer cada ilha de Cabo Verde atrativa para viver, visitar e investir
O
primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, reafirmou hoje,
durante a tomada de posse, os compromissos de criação de 45 mil empregos, de
redução da pobreza e de crescimento inclusivo que torne cada ilha atrativa para
viver.
"O
emprego, o rendimento, a segurança e o desenvolvimento das ilhas estão no
centro das nossas prioridades de governação", disse Ulisses Correia e
Silva, durante a cerimónia de tomada de posse do novo governo, que decorreu no
Palácio da Presidência, na zona histórica do Plateau, na cidade da Praia.
Depois
da leitura do termo de posse e do juramento do primeiro-ministro e dos demais
11 ministros que constituem o novo governo saído das eleições de 20 de março,
ganhas com maioria absoluta pelo Movimento para a Democracia, Ulisses Correia e
Silva tomou a palavra para assegurar que os compromissos eleitorais terão
tradução no programa de Governo, que brevemente apresentará ao parlamento.
"Temos
um programa de governação coerente e consistente, com uma visão, objetivos,
metas e políticas para fazer crescer a economia, criar empregos, reduzir a
pobreza, assegurar a inclusão social e económica e tornar as nossas cidades
seguras", disse.
"Temos
um programa para cada ilha. Para fazer de cada ilha um território atrativo onde
se possa viver, visitar e investir com qualidade", acrescentou,
reafirmando a sua intenção da avançar com o processo de regionalização do país.
"Cada
ilha, uma economia que se interliga no todo nacional e em conexão com o mundo,
não só através dos transportes, mas através do conhecimento, do domínio das
línguas e das tecnologias de comunicação e informação", disse.
O
recém-empossado primeiro-ministro falava perante uma audiência composta por
representantes das principais instituições e órgãos de soberania do país, das
representações estrangeiras acreditadas em Cabo Verde e de outras
individualidades, numa cerimónia que decorreu no espaço exterior do Palácio da
Presidência e em que o vento não deu tréguas aos convidados.
Num
discurso muito aplaudido pelos muitos populares que assistiram à tomada de
posse, o novo primeiro-ministro de Cabo Verde afirmou-se consciente da
"difícil situação económica e financeira que o país atravessa" e do
"contexto externo particularmente difícil, complexo, incerto e
exigente".
Por
isso, mostrou-se "determinado e firme" em fazer face aos desafios que
a economia globalizada coloca, através da "valorização da localização geoestratégica
do país" do ponto de vista económico e de segurança".
Reafirmando
a aposta de criação de uma economia de turismo e de prestação de serviços
internacionais, adiantou que tanto a politica interna como externa serão
orientadas para potencializar as especificidades do país.
O
primeiro-ministro reassumiu a meta de criar 45 mil empregos em cinco anos e de
reduzir de forma significativa a pobreza.
"Não
iremos elaborar nem financiar programas para gerir a pobreza, para fazer com
que as pessoas saiam da pobreza, através do acesso ao emprego, à produção e ao
rendimento com o objetivo de poderem ser autónomos e autosuficientes",
disse.
Ulisses
Correia e Silva deixou ainda promessas de lutar para que nenhuma criança e
jovem fique fora do sistema de ensino por falta de condições financeiras e pela
redução das desigualdades que afetam as mulheres no acesso ao emprego, bem como
a implementação de uma política de "tolerância zero" à criminalidade
nas cidades cabo-verdianas.
"Combate
à morosidade judicial. Combate ao alcoolismo, ao consumo de drogas e à
proliferação de armas. Estas são algumas áreas de intervenção prioritárias e
inadiáveis", disse.
Ulisses
Correia e Silva prometeu governar com "elevado sentido de
responsabilidade, de patriotismo e de serviço público" e para "todos
os cabo-verdianos".
"É
hora de unir os cabo-verdianos no respeito pelo pluralismo, pela diferença e
pela diversidade, em torno de uma missão, que é servir e desenvolver Cabo Verde
e de uma causa que é contribuir para a realização de todos os
cabo-verdianos", prosseguiu.
Ulisses
Correia e Silva enunciou ainda a ambição de tornar um país que já é uma
referência da democracia em Africa uma referência ainda melhor no continente.
"Queremos
fazer de Cabo Verde um país com uma democracia avançada prospera e de
progresso", disse.
"Estamos
no governo para assegurar que o crescimento económico seja inclusivo, que a
segurança dos cidadãos e dos seus bens seja garantida, que a segurança
alimentar, a proteção social, o acesso à educação, saúde, à habitação e aos
bens básicos sejam garantidos, nomeadamente no que tange aos carenciados e
vulneráveis", acrescentou.
Ulisses
Correia e Silva é quinto primeiro-ministro de Cabo Verde, depois de Pedro Pires
(PAICV), Carlos Veiga (MpD), Gualberto do Rosário (MpD) e José Maria Neves
(PAICV).
CFF
// EL - Lusa
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