Pequim,
24 mai (Lusa) - A União Europeia (UE) apelou hoje à China para que liberte os
advogados especializados em casos de direitos humanos, detidos há quase um ano
sem direito a escolher a sua defesa ou receber visitas de familiares.
"Pedimos
transparência completa e respeito pelo processo nestes casos, que deveria
permitir a libertação das pessoas envolvidas", defendeu hoje a delegação
da UE na China.
O
?grupo dos 28' refere-se à insólita operação levada a cabo pelas autoridades
chinesas em julho passado, que resultou na detenção simultânea de 319 advogados
e funcionários e membros das suas famílias.
Entre
estes, 25 continuam detidos pelas autoridades, segundo dados recentes da China
Human Rights Lawyers Concern Group (CHRLCG), que tem sede em Hong Kong.
A
UE enalteceu as últimas libertações - o advogado Zhang Kai e uma assistente
legal Gao Yue - mas diz estar preocupada com as ameaças sofridas pelas advogados
que os representaram.
A
delegação denúncia também a situação de pessoas próximas aos detidos, que se
encontram proibidas de sair do país, ou familiares que foram intimidados para
que deixassem de os defender.
Entre
os detidos consta Wang Yu, conhecida como "defensora dos
desvaforecidos" e a quem, segundo várias organizações não-governamentais,
é o principal objetivo desta campanha.
A
UE urgiu a China a cumprir com as suas obrigações internacionais de respeitar
os direitos humanos e com a sua promessa de se reger pelo primado da Lei.
JOYP
//APN
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