Bruxelas,
16 (Lusa) -- O primeiro-ministro de Timor-Leste afirmou hoje, em Bruxelas,
haver "já um elevado apetite dos investidores" pelo país, face às
opções políticas para diminuir a dependência do país das ajudas externas e do
petróleo e gás.
"Já
existe um elevado apetite dos investidores para irem para Timor, mas também
estamos cientes que o trabalho deve continuar a ser árduo", afirmou à
agência Lusa Rui Maria Araújo, acrescentando, assim, a importância dos
contactos que fez durante dois dias em Bruxelas.
Nesta
deslocação, Rui Maria Araújo participou nas Jornadas Europeias do
Desenvolvimento e manteve reuniões bilaterais, nomeadamente com o presidente do
Conselho Europeu, Donald Tusk, e com o comissário europeu responsável pela
Cooperação Internacional e Desenvolvimento, Neven Mimica.
Na
capital belga e europeia, Rui Maria Araújo aproveitou ainda para
"partilhar a experiência de construção do Estado nos últimos 14 anos, após
a restauração da independência" e também "mostrar aos parceiros quais
os planos para o futuro, particularmente nos objetivos do desenvolvimento
sustentável".
"Nós
estamos muito cientes que o desenvolvimento socioeconómico do país vai ter que
ser feito de uma forma mais autossustentada. Claro que continuamos a precisar
dos apoios dos países da Europa, mas também é preciso dotar o país da
capacidade de mobilizar os recursos necessários para desenvolver o país e daí
as reformas que estamos a fazer", argumentou à Lusa.
Araújo
especificou "não ser sustentável continuar-se a depender muito dos
parceiros de desenvolvimento e também depender muito dos recursos não
renováveis, como o petróleo e o gás".
Com
esta opção, os investidores têm chegado ao país, nomeadamente, para a
implementação de uma fábrica de cimento e a construção de um porto, enumerou o
governante, referindo também os vários operadores de telecomunicações e os
investimentos em hotéis, centros de conferência, centros comerciais.
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// VM
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