Díli,
16 jun (Lusa) - O vice-ministro das Finanças timorense confirmou hoje que o
Governo está a concluir uma "investigação pormenorizada" sobre
alegadas dívidas de cerca de 9,5 milhões de dólares que a operadora Timor
Telecom insiste que continuam por pagar.
"Trata-se
de dívidas acumuladas de vários anos até abril de 2016 que a Timor Telecom
alega que o Estado não pagou e que estão a ser verificadas", disse Hélder
Lopes, em declarações à Lusa.
Segundo
explicou, o Conselho de Ministros instruiu o Ministério das Finanças a liderar
uma equipa técnica para verificar "esta alegação" da Timor Telecom
junto de cada ministério e instituição pública.
"A
verificação ainda está a decorrer a todos os casos. Já foram identificados
alguns casos em que pagamentos foram feitos mas, apesar disso, a fatura
continua a ser enviada pelos mesmos serviços", explicou.
"Já
identificámos alguns pagamentos que não foram contabilizados. E alguns insistem
que não têm dívidas nenhumas", referiu.
Segundo
explicou, em cada caso estão a ser pedidos aos utilizadores dos serviços
comprovativos de pagamento que serão depois contrastados com ordens de
pagamento dadas pelo Ministério das Finanças.
"A
verificação dar-nos-á três resultados: pagamos os 9,5 milhões, pagamos parte
desse valor ou não pagamos nada porque já foi tudo pago. Temos que concluir a
investigação para saber", disse.
Hélder
Lopes afirmou que "um dos desafios" da resolução deste problema é o
facto de a Timor Telecom ter "apenas uma pessoal para lidar com o cliente
Estado", apesar de haver "pontos focais" para a TT em cada
ministério.
O
Governo, explicou, tomou já várias decisões para evitar que esta situação se
repita no futuro, nomeadamente para todas as faturas pós-maio que devem ser
enviadas para os utilizadores, mas com conhecimento do Ministério das Finanças.
"Isso
permitirá ter um maior conhecimento e controlar e evitar mais problemas",
explicou.
O
Governo deliberou ainda que a partir de 01 de julho os serviços de telefones
atualmente em pós-pago passarão a pré-pago, faltando decidir o que ocorrerá com
serviços de dados e internet.
"Todos
temos limites no consumo. Um membro do Governo tem um limite de 400 dólares por
mês, por exemplo e um chefe de Departamento pode ter de 50. Passaremos a
comprar 'pulsa' (carregamentos) nesses valores ao início do mês",
explicou.
ASP
// VM
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