Banguecoque,
05 jul (Lusa) - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu hoje
mais investimentos por parte dos governos da Ásia Oriental e Pacífico para
acabar com as desigualdades que afeta milhões de crianças na região.
A
organização afirmou que as desigualdades devem ser combatidas através de novos
programas e políticas de proteção social, que os governos deviam desenvolver a
par do crescimento económico regional.
"Mesmo
que o extraordinário crescimento cresça, é claro que sem melhores programas e
políticas de proteção social que convertam o crescimento em sustentabilidade,
vemos cada vez mais pessoas excluídas", disse Karin Hulshof, diretora
regional da Unicef, numa conferência de imprensa em Banguecoque.
Karin
Hulshof disse que a desigualdade tira oportunidades às crianças de famílias com
menos recursos nos países da Ásia Oriental e Pacíficio: Mongólia, China, Coreia
do Norte, Sudeste asiático e ilhas.
Segundo
a UNICEF, a morte de crianças até aos cinco anos, por causa da pobreza na Ásia
Oriental e Pacífico caiu 68% desde 1990, sendo que em 18 em cada mil crianças
são vítimas.
No
ano passado morreram 540 mil crianças com menos de cinco anos de idade, por
causas evitáveis.
A
diretora regional lembrou que 6,5 milhões de crianças dessa área geográfica não
vão à escola, vivendo assim sem um direito essencial, incluído na Convenção dos
Direitos da Criança, adotada por todos os países -- o da educação.
A
Unicef considera que o progresso asiático é visível em cidades com Banguecoque,
Pequim e na região indonésia de Aceh, com 96% das crianças a terem acesso à
educação e incentiva os cidadãos a exigir aos governos serviços de qualidade e
acessíveis, pois as famílias pagam 50% dos gastos com educação e saúde, em
muitos países.
O
assessor das políticas sociais e análise económica da UNICEF acrescentou que 45
milhões de crianças da Ásia Oriental e Pacífico vivem com menos de 1,70 euros
por dia e enfrentam dificuldades como trabalho infantil, malnutrição e falta de
oportunidades.
EZL/APN
// APN
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