Díli,
26 nov (Lusa) - O Governo timorense expressou hoje "profundo pesar"
pela morte do líder histórico cubano Fidel Castro, hoje aos 90 anos, um
"grande amigo" e fonte de "inspiração" para Timor-Leste.
"O
Governo de Timor-Leste, em nome do povo timorense, apresenta as suas
condolências ao Presidente Raúl Castro e manifesta a sua solidariedade para com
o povo cubano", refere um comunicado do executivo timorense.
"Fidel
Castro foi uma inspiração para muitos timorenses durante a luta pela
autodeterminação e um apoiante ativo do desenvolvimento de Timor-Leste após a
restauração da independência", sublinha.
O
Governo recorda que Fidel Castro foi agraciado em 2010 com o Grande Colar da
Ordem de Timor-Leste, "pelo apoio do seu país nas áreas da saúde e
educação", tendo a condecoração sido entregue a Raúl Castro, em nome do
seu irmão, por José Ramos-Horta.
"O
ex-primeiro-ministro, Xanana Gusmão, recorda o Comandante-em-Chefe Fidel Castro
como um amigo querido e respeitado. Neste momento de luto, o Governo recorda o papel
do Comandante-em-Chefe Fidel Castro e a sua amizade resoluta em relação a
Timor-Leste", refere.
A
cooperação institucional entre Timor-Leste e Cuba - "caracterizada pelo
respeito mútuo, amizade e boa vontade" - começou depois de uma reunião em
fevereiro de 2003, na Malásia, em que Fidel Castro se reuniu com uma delegação
timorense que incluía Xanana Gusmão, José Ramos-Horta e Mari Alkatiri.
"Timor-Leste
expressa a sua gratidão a Fidel Castro e ao povo cubano pelas brigadas de
profissionais de saúde que trabalham em Timor-Leste, pela concessão de 1.000
bolsas de estudo em Medicina em Cuba para jovens timorenses, pela assistência
técnica na eliminação do analfabetismo e pelas parcerias na área do
desporto", recorda o Governo em Díli.
O
atual primeiro-ministro timorense, Rui Araújo, esteve em Cuba no ano passado,
tendo-se reunido com o presidente Raúl Castro, a quem "expressou a sua
gratidão e solidariedade".
ASP
// JPF
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