Díli,
27 jan (Lusa) - O ministro da Educação timorense e dirigente do Partido
Democrático (PD), António da Conceição, disse hoje à Lusa que aceitou a
nomeação do seu partido para se apresentar como candidato às eleições
presidenciais de 20 de março próximo.
"Tivemos
um encontro alargado do partido na quinta-feira com a presença das
representações municipais, fizemos várias análises e consideramos que é
importante o Partido Democrático propor um candidato às eleições
presidenciais", disse à Lusa António da Conceição.
"Todos
eles nomearam-me e deliberaram que eu seria o candidato e por isso decidi
aceitar e vou-me candidatar", afirmou.
A
candidatura de António da Conceição às eleições presidenciais é a quarta,
somando-se às do atual presidente da Fretilin, Francisco Guterres (Lu-Olo), de
António Maher Lopes (Fatuk Mutin), apoiado pelo Partido Socialista de Timor
(PST), e à de José Neves, ex-vice-comissário da Comissão Anticorrupção (CAC),
que se apresenta como independente.
Esta
semana o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense e atual deputado da
Frente Mudança (FM), José Luis Guterres, também disse à Lusa que se vai
apresentar como candidato independente às eleições presidenciais de 20 de março
em Timor-Leste.
José
Ramos-Horta, ex-Presidente da República, confirmou à Lusa esta semana que não é
candidato às eleições deste ano apesar de apelos de vários quadrantes nesse
sentido.
O
único partido com representação parlamentar que não terá um candidato próprio
ou um que apoie oficialmente é o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense
(CNRT), com o presidente do partido, Xanana Gusmão, a dever apoiar a
candidatura de Lu-Olo.
António
da Conceição explicou à Lusa que a sua plataforma de campanha assenta, a nível
interno, no esforço de "unificação e consolidação das instituições do
Estado", analisando formas da Presidência "colaborar com o Governo
para continuar o processo de desenvolvimento do país".
"Tendo
em conta a situação atual de Timor-Leste, que ainda está na fase de
desenvolvimento, vamos querer continuar a reforçar as instituições,
especialmente as forças armadas para que possam exercer as suas funções
institucionais, no âmbito da manutenção da estabilidade nacional", disse
ainda.
Em
termos internacionais o ministro timorense quer continuar a trabalhar
"para vincar a marca de Timor-Leste no mundo", focando-se em aspetos
como a adesão de Timor-Leste à ASEAN (Associação das Nações do Sudeste
Asiático), o "reforço dos laços históricos com a CPLP" (Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa) e a "manter os laços com outros
países" vizinhos e com quem Timor-Leste tem já relações fortes.
António
da Conceição relembra ainda que o país está a viver o processo de transição dos
"fundadores da nação" para uma nova geração de líderes, algo que diz
já ter começado ao nível do Governo e noutras instituições.
Ministro
do Comércio, Indústria e Ambiente desde 2012, assumiu em agosto de 2015, depois
da morte do seu antecessor no partido e no Governo, Fernando La Sama de Araújo,
o cargo de ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e ministro da
Educação.
ASP
// DM
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