Díli,
17 fev (Lusa) - O candidato às eleições presidenciais timorenses Antonio Maher
Lopes acusou esta semana o Tribunal de Recurso de violar os princípios da
legalidade e igualdade por não deixar incluir o seu antigo nome de guerra no
boletim de voto.
Antonio
Maher Lopes apresentou na quarta-feira um recurso com efeito suspensivo junto
do Tribunal de Recurso para solicitar a admissão do seu antigo nome código
Fatuk Mutin (Rocha Branca), como era conhecido durante a luta pela
independência de Timor-Leste.
O
candidato pretendia que o boletim de voto - em que surge em primeiro lugar no
sorteio realizado hoje - o identificasse como 'Antonio Maher Lopes - Fatuk
Mutin'.
A
candidatura contesta o facto de o Tribunal ter recusado o pedido de Maher Lopes
alegando, entre outras coisas, que foi feito depois do prazo e não cumpriu
outros requisitos da lei.
"No
entanto aceitou que o candidato da Frente Revolucionária do Timor-Leste
Independente (Fretilin), Francisco Guterres, usasse o código
"Lu´olo", com a gravidade do código "Lu´olo" não constar
nos documentos de identificação do candidato Francisco Guterres", explica
uma nota da candidatura de Maher enviada à Lusa.
Na
carta enviada ao tribunal, a candidatura considera que "foram violados na
douta decisão os princípios constitucionais e universais democráticos, da
legalidade e da igualdade", sustentando que o tribunal "favorece
pessoalmente um candidato em detrimento do recorrente e até de outros
candidatos".
"O
venerando Tribunal de Recurso aceitou a candidatura de outro cidadão contendo,
para além do seu nome de registo civil, também o seu 'nome de guerra' ou
alcunha. Esse venerando tribunal aceitou que um candidato e só um pudesse ver o
'nome de guerra', ou alcunha com que é reconhecido, inscrito nos documentos
oficiais e boletins de voto", afirma.
ASP
// FV.
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