Pequim,
24 ago (Lusa) -- O número de mortos na China devido à passagem do tufão Hato, o
mais forte a atingir o sudeste chinês em 18 anos, subiu para dezasseis,
informou hoje a imprensa oficial.
Metade
das vítimas mortais foi registada na Região Especial Administrativa de Macau,
território outrora sob administração de Portugal, e os restantes na província
vizinha de Guangdong.
O
Hato fez ainda centenas de feridos, incluindo em Hong Kong, região que, tal
como Macau, tem estatuto semiautónomo.
Na
província de Guangdong, a passagem do Hato deixou 1,91 milhões de casas sem
eletricidade durante a tarde de quarta-feira na China. O governo local colocou
26.817 pessoas em abrigos temporários, noticiou a Xinhua.
Cerca
de 664 hectares de terrenos agrícolas ficaram danificados.
A
maior parte dos danos foi registada em Zhuhai, cidade na fronteira com Macau,
onde os ventos alcançaram uma velocidade de 162 quilómetros por hora e quatro
pessoas morreram.
Uma
ponte da cidade ficou inclinada depois de um barco perder o controlo e embater
contra a estrutura.
As
autoridades registaram ainda quedas de árvores e painéis, em Zhuhai, enquanto
barcos foram arrastados para a costa e veículos ficaram inundados.
Na
cidade de Zhongshan, também em Guangdong, o tufão fez três mortos, entre os
quais uma mulher que foi atingida por uma árvore enquanto circulava de moto.
Oito
pessoas ficaram feridas em Shenzhen, importante centro da indústria tecnológica
na China, entre as quais duas estão em estado grave, devido à queda de objetos
de vidro, chapas e andaimes.
Por
toda a província de Guangdong, várias escolas e empresas estiveram encerradas
na quarta-feira. Dezenas de ligações por comboio foram também suspensas.
Segundo
o Centro Meteorológico Nacional (NMC) da China, o Hato deslocou-se para noroeste
e atingiu a Região Autónoma de Guangxi na madrugada de hoje.
JOYP
// FPA
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