Macau,
China, 23 ago (Lusa) -- O tufão Hato provocou hoje os "maiores danos de
sempre" na Escola Portuguesa de Macau, com a queda de dois muros
exteriores -- incluindo um mural do Vhils -- além de árvores, e janelas e
portas partidas, disse à Lusa a vice-presidente.
"Sem
sombra de dúvida foram os maiores danos de sempre", disse Zélia Baptista.
Numa
visita da Lusa à escola foi possível constatar um amontado de cimento dos muros
que estavam a delimitar dois jardins exteriores, a queda de quase todas as
árvores na zona de recreio, e algumas janelas e portas partidas, sobretudo na
ala mais nova das instalações, junto ao hotel Grand Lisboa.
Uma
das ruas junto à escola -- onde o artista português Vhils tinha em junho
esculpido um mural -- continuava, ao início da noite (tarde em Lisboa), cortada
ao trânsito, com árvores arrancadas a atravessar a estrada, e um candeeiro de
rua tombado junto a uma paragem de autocarro estilhaçada, testemunha da força
dos ventos que assolaram o centro da cidade.
Zélia
Baptista explicou que a ala nova da escola foi "bastante afetada por
placas que voaram do Grand Lisboa", situado a poucos metros.
O
tufão Hato partiu também um painel em vidro na zona da cantina, e causou danos
num carro da direção e nos ares condicionados instalados nos telhados da
escola.
Zélia
Baptista disse à agência Lusa que já foi feito um levantamento dos estragos,
mas que "ainda é cedo para avaliar os prejuízos".
"Amanhã
[quinta-feira] é preciso conversar com os elementos do conselho de
administração, planificar as intervenções a realizar, e assim dar-se o máximo
para se conseguir começar as aulas no dia 06 conforme previsto", afirmou a
vice-presidente.
"Fiquei
muito frustrada. Senti uma mágoa muito grande quando cheguei à escola. Parecia
um cenário de destruição total e já tínhamos praticamente tudo pronto para o
início das aulas", afirmou, indicando que já tinham sido realizadas
limpezas, pinturas e algumas intervenções no interior e exterior.
A
prioridade, explicou, "é limpar a sujidade e lamas e remover o lixo.
Depois é pedir orçamentos e começar as obras, o mais rapidamente
possível".
"Agora
voltámos quase à estaca zero", disse, afirmando que os trabalhos deverão
começar "pelas salas de aula, recreios e cantina".
Atualmente
com mais de 550 alunos entre o 1.º e 12.º ano, a Escola Portuguesa de Macau
celebra, no próximo ano letivo, o vigésimo aniversário.
O
tufão Hato provocou cinco mortos e 153 feridos à passagem por Macau, além de
inundações e o corte de energia na cidade.
FV
(DM/ISG) // EL
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