quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Líderes partidários: Fretilin e PD, no Governo em Timor-Leste, podem fazer acordo pré-eleitoral


A Fretilin e o PD, partidos na coligação do Governo em Timor-Leste, podem alcançar um acordo pré-eleitoral para apoio mútuo após as eleições antecipadas previstas para maio, sendo menos provável uma coligação formal, segundo responsáveis ouvidos pela Lusa.

Mari Alkatiri, primeiro-ministro e secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) disse à agência Lusa que nada está excluído e que o primeiro passo para o debate é a conferência nacional do partido que decorre este fim de semana em Maliana.

"É um encontro para debater todo o processo que vamos enfrentar agora. Vai ser uma luta bastante renhida, mas estou confiante que vamos ter maioria absoluta", disse Mari Alkatiri.

Questionado sobre se é preferível os dois partidos irem separados ou juntos, Alkatiri remeteu comentários "para mais tarde, depois do diálogo com os parceiros do PD", sublinhando que o encontro de Maliana é "exatamente para debater e definir isso".

"Um acordo pré-eleitoral de certeza que haverá mas ainda vamos discutir o modelo desse acordo", afirmou.

Também Adriano do Nascimento, do Conselho Político Nacional (CPN) do Partido Democrático (PD) explicou à Lusa que o seu partido vai analisar o assunto e que será depois "tomada uma decisão".

O também ministro de Estado na Presidência do Conselho de Ministros disse que nada estava excluído, mas que tudo indica que os dois partidos vão "continuar a trabalhar juntos".

Dirigentes máximos dos dois partidos têm já analisado eventuais acordos a pensar nas eleições antecipadas que o Presidente da República Francisco Guterres Lu-Olo deverá convocar esta semana, e que se realizam previsivelmente a 12 de maio.

Depois de conferências nacionais que os dois partidos realizam em breve, em separado, antecipam-se novos encontros bilaterais no intuito de fechar o que tudo indica será um acordo ou aliança para colaboração depois das eleições.

Estes dois partidos são atualmente minoritários no Parlamento Nacional, com 30 dos 65 lugares, com a Fretilin a controlar 23 lugares e o PD a controlar sete.

A oposição, maioritária, é formada pelo Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) - 22 lugares -, pelo Partido Libertação Popular (PLP) - oito lugares - e pelo Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) - cinco lugares.

As três forças políticas anunciaram na semana passada que se vão apresentar conjuntamente ao voto antecipado sob a bandeira da Aliança para Mudança e Progresso (AMP).

Até aqui as três forças têm trabalhado em conjunto sob o bloco Aliança de Maioria Parlamentar (AMP).

Lusa | em SAPO TL

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