Díli, 18 jun (Lusa) - A coligação
Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD), que se estreou na semana passada
no Parlamento Nacional, onde tem três lugares, anunciou hoje a sua dissolução
devido a diferenças políticas sérias entre os partidos que a integram.
Agostinho Gomes, presidente da
Comissão Política Nacional da FDD, confirmou que a decisão foi tomada por
unanimidade num encontro durante o fim de semana, depois de divisões entre os
três partidos que a integram, PUDD, UDT e FM.
Gomes explicou que a decisão foi
tomada depois do Partido Unidade e Desenvolvimento Democrático (PUDD) - o maior
dos três partidos - considerar que as restantes duas forças, a União
Democrática Timorense (UDT) e a Frente Mudança (FM), não se tinham mostrado
consistentes com a postura política da FDD.
Recorde-se que a FDD é
representada no Parlamento Nacional por três deputados, um cada dos três
partidos, e que os sinais de divisão se evidenciaram as votações dos primeiros
dias, incluindo na eleição do presidente e restantes elementos da mesa.
A divisão pareceu assinalar-se
durante a votação para o presidente do Parlamento Nacional, Arão Noé Amaral,
que contou com os 36 votos a favor (a coligação AMP controla 34 lugares),
antecipando-se na altura que o voto secreto teria contado com o apoio de dois
membros da FDD.
Essa divisão confirmou-se quando
foi votada a proposta de candidatos aos restantes membros da mesa do Parlamento
em que a oposição e o líder da bancada da FDD, Antonio Benevides (PUDD),
abandonaram o plenário em protesto.
Devido à saída dos deputados da
oposição, a lista acabou por ser aprovada por unanimidade dos deputados
presentes (36 votos a favor), em concreto os 34 dos três partidos da coligação
de Governo, a Aliança de Mudança para o Progresso (AMP) e dois dos três da
Frente Desenvolvimento Democrático (FDD), em concreto Gilman dos Santos, da
UDT, e Isabel Ximenes, da FM.
Recorde-se que a FDD já tinha
tido um nascimento atribulado e que já durante a campanha o líder da FM, o
ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luis Guterres, abandonou a
coligação para se juntar à campanha da AMP.
ASP // EL
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