As autoridades de saúde timorenses registaram nas últimas 24 horas um total de 126 novas infeções com o SARS-CoV-2, quase todos na capital timorenses, segundo dados oficiais.
Os dados foram divulgados em comunicado do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), que refere que além de 120 casos em Díli se registaram mais três casos em Baucau e outro em Covalima, consolidando as três regiões como as de maior prevalência da doença.
Com os novos casos, e o registo de 82 casos recuperados, o número de infeções ativas é atualmente de 1.584, novo máximo, e o total acumulado desde março de 2020 subiu para 3.353.
Os casos positivos detetados em Díli representam 16,7% dos 719 testes realizados - uma das percentagens mais elevadas de sempre.
A taxa de incidência é agora de 8,5/100 mil habitantes em Díli e de 27,8/100 mil habitantes, a mais elevada de sempre.
No centro de isolamento de Vera Cruz estão agora 37 pessoas, dos quais um em estado grave e 36 moderados.
Entretanto, fontes do Ministério da Saúde confirmaram à Lusa que dezenas de casos de infeção com o SARS-CoV-2 foram detetados nas últimas semanas em várias instituições do Estado timorense, incluindo na Presidência da República, Parlamento e Governo.
As fontes explicaram à Lusa que pelo menos 40 resultados positivos foram detetados em rastreios levados a cabo na semana passada na Presidência da República.
Há ainda cerca de duas dezenas de casos detetados no Parlamento Nacional e vários outros casos em ministérios e instituições públicas, confirmaram as mesmas fontes.
"Hoje temos já 19 casos no Parlamento Nacional", confirmou o presidente daquela instituição, Aniceto Guterres Lopes, no plenário, explicando que não há deputados entre os casos positivos.
Oficialmente, explicou à Lusa o responsável do CIGC, Rui Araújo, os dados da vigilância epidemiológica não identificam casos positivos por instituições, mas sim por residência, sendo que nas últimas 24 horas, por exemplo, há um número elevado de positivos nas zonas de Lahane e Caicoli, fruto da "vigilância sentinela ativa".
Timor-Leste está atualmente a viver o pior momento da pandemia, com várias cercas sanitárias e confinamento obrigatório em Díli.
As medidas estão a suscitar crescente tensão e descontentamento, especialmente devido ao impacto socioeconómico, numa altura em que o país acumula anos de contração económica causada por uma profunda crise política e, desde março de 2020, pela pandemia da covid-19.
RTP | Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário