O
primeiro-ministro timorense, Rui Maria de Araújo, considerou que a segurança e
a estabilidade são essenciais para atrair investimento estrangeiro que, por seu
lado, é fundamental para o desenvolvimento sustentável.
"Temos
de oferecer condições que representem mais segurança e menos risco para todos,
inclusive para os investidores, para que consigamos atrair investimento e assim
diversificar a nossa economia", considerou, em Díli.
Rui
Araújo falava na abertura da IV reunião dos ministros da Administração Interna
e do Interior da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que decorre
hoje em Díli, com delegações dos nove Estados membros, e destacou a necessidade
de mais meios e mais recursos para o setor em Timor-Leste.
"Tão
importante quanto alcançar a segurança e a estabilidade é mantê-la. Por isso,
precisamos de mais meios e de mais recursos humanos para acompanhar o
desenvolvimento da nossa sociedade e do nosso país", disse.
"Precisamos
de um setor de segurança que seja credível e que a todos transmita confiança. É
fundamental ter um sistema de segurança forte, que garanta e proteja os
direitos dos cidadãos e que, ao mesmo tempo, permita um desenvolvimento
sustentável", acrescentou.
O
chefe do Governo timorense recordou que o conceito da segurança abrange a
segurança dos cidadãos e do país, com o combate às atividades ilegais e
criminalidade económica que "contribui para a estabilidade política,
económica e das populações".
"Falar
sobre segurança, partilhar as nossas experiências, cada um com as suas
especificidades, refletir em conjunto sobre os mais diversos desafios que
enfrentamos e que nos conduzem a uma sociedade próspera e desenvolvida é não só
oportuno como necessário", disse.
Nesse
sentido, insistiu na necessidade de fortalecer a cooperação lusófona nestas
áreas, nomeadamente, na prevenção e policialmente de proximidade, proteção da
natureza e do ambiente, gestão de crises, investigação criminal e fluxos
migratórios, entre outros.
No
caso de Timor-Leste, destacou o êxito de vários programas dos últimos anos,
enaltecendo o apoio de Portugal, e em particular da GNR, ao fortalecimento da
polícia timorense.
"Este
é um grande desafio para o nosso jovem Estado, desafio que encaramos com
responsabilidade mas que não se ultrapassa de um dia para o outro",
sublinhou.
Todos
os países exceto Portugal e o Brasil (que enviaram os respetivos embaixadores
em Díli) estão representados a nível governamental no encontro que decorre em
Díli.
Angola
é representado pelo secretário de Estado do Interior, Eugénio César Laborinho,
Cabo Verde pela ministra da Administração Interna, Marisa Morais, e a
Guiné-Bissau pelo secretário de Estado de Ordem Pública, Luís Manuel Cabral.
A
Guiné Equatorial, que se estreia num encontro da CPLP, é representada pelo
ministro delegado do Interior e Corporações Locais, Marcelino Okomo, Moçambique
pelo vice-ministro do Interior, José dos Santos Coimbra, e São Tomé e Príncipe
pelo ministro da Administração Interna, Arlindo Ramos.
Longuinhos
Monteiro, ministro do Interior, representa o país anfitrião, Timor-Leste.
A
reunião da Administração Interna é uma das maiores da CPLP, com cada país
representado por quatro delegações (ministerial, polícia, migrações,
estrangeiros e fronteiras e proteção civil), o que totaliza quase 100
participantes.
O
encontro da segunda-feira deverá terminar ao final da tarde com a aprovação da
declaração de Díli.
SAPO
TL com Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário