Macau,
China, 26 out (Lusa) -- O número de trabalhadores não residentes em Macau
alcançou os 180.751 no final de setembro, representando 44,8% da população
ativa da região, indicam dados oficiais hoje divulgados.
De
acordo com dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Macau, 180.751
trabalhadores não residentes integravam o mercado laboral, equivalendo a 44,8%
da população ativa e a 45,7% da população empregada estimada no final de
agosto.
No
intervalo de um ano, Macau ganhou 17.874 trabalhadores não residentes, ou seja,
uma média de quase meia centena por dia.
Face
a agosto, o universo de mão-de-obra importada teve um reforço de 564 pessoas.
O
interior da China continua a ser a principal fonte de trabalhadores recrutados
ao exterior, com 116.667 (64,5% do total), mantendo uma larga distância das
Filipinas, que ocupa o segundo lugar (23.808) num pódio que se completa com o
Vietname (14.467).
O
setor dos hotéis, restaurantes e similares continua a figurar como o que mais
absorve mão-de-obra importada (47.192), seguido do da construção (45.509).
O
universo de trabalhadores não residentes galgou a 'barreira psicológica' dos
100 mil pela primeira vez na história da Região Administrativa Especial chinesa
em setembro de 2008, a qual voltou a ser ultrapassada em maio de 2012, numa
tendência não mais invertida em termos anuais homólogos.
Macau
contava, no final de 2000, com 27.221 trabalhadores não residentes; 39.411 em
2005; 110.552 em 2012 e 170.346 em 2014.
Os
trabalhadores não residentes, portadores do chamado 'blue card', apenas podem
permanecer em Macau enquanto estiver válido o seu contrato de trabalho, não
possuindo direito de residência.
Apesar
de perfazerem mais de um quinto da população de Macau (28,1% dos 642.900
habitantes estimados no final de junho), os trabalhadores não residentes não
contam, por exemplo, com um mandatário formal no seio da Concertação Social,
sendo a sua situação regulada por uma lei específica.
DM
// MP
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