Hong
Kong, China, 15 jan (Lusa) -- Hong Kong vai rever a forma como responde aos
pedidos de asilo, perante o aumento de solicitações, e sairá da Convenção da
ONU contra a Tortura "se for necessário", afirmou hoje o chefe do
Executivo da região.
CY
Leung confirmou esta informação durante um programa da Rádio e Televisão
Pública de Hong Kong (RTHK), em resposta a uma ouvinte, e teve lugar depois de
ter anunciado, na quarta-feira, durante a apresentação das suas políticas para
2016, uma revisão total do atual sistema de atribuição do estatuto de refugiado
e de asilo.
O
Departamento de Imigração de Hong Kong afirmou recentemente que houve um
significativo aumento no número de pessoas que chegaram à região à procura de
proteção ao abrigo da Convenção das Nações Unidas.
Segundo
aquela Convenção, os requerentes não podem ser enviados para os seus países de
origem em face da possibilidade de enfrentarem a ameaça de tortura ou morte.
Segundo
o jornal South China Morning Post, depois da conferência de imprensa que se
seguiu à apresentação das políticas para 2016, CY Leung foi questionado se a
cidade precisava de abandonar os seus compromissos ao abrigo da Convenção da
ONU contra a Tortura.
O
chefe do Governo de Hong Kong respondeu: "Vamos considerar o assunto em
diferentes aspetos, tais como a aplicação da lei e a própria lei em si.
Perguntou se é preciso sair do pacto internacional: se for necessário, vamos
fazê-lo".
Hong
Kong, antiga colónia britânica, é hoje, como Macau, uma região da China com
administração especial.
DM
// MP
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