Lisboa,
19 jan (Lusa) -- O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, lamentou hoje a morte de António Almeida
Santos, destacando o papel do dirigente socialista na defesa das causas dos
povos das antigas colónias portuguesas.
"Consternado
neste momento, o secretário executivo da CPLP destaca o papel desempenhado pelo
doutor António Almeida Santos na defesa da liberdade e das causas dos povos das
antigas colónias portuguesas, tal como foi a sua ação em Moçambique, e no apoio
dado ao combate pela democracia em Portugal", refere um comunicado
divulgado pela organização lusófona.
Presidente
honorário do PS, António Almeida Santos, morreu na segunda-feira, em casa, em
Oeiras, pouco antes da meia-noite, com 89 anos, depois de se ter sentido mal
após o jantar.
A
CPLP considera Almeida Santos uma "personalidade histórica do Partido
Socialista, grande protagonista político no Portugal pós-25 de Abril de 1974,
tanto no governo como na oposição", sendo "um dos legisladores
portugueses de maior mérito e um democrata exemplar".
"Por
tão inestimável perda, o secretário executivo da CPLP exprime os sentimentos de
pesar e solidariza-se com a dor da família e amigos", refere ainda a nota.
António
Almeida Santos foi ministro de várias pastas, desde o I Governo Provisório,
conselheiro de Estado, presidente da Assembleia da República e presidente do
PS, tendo sido um dos mais próximos colaboradores de Mário Soares.
Autor
de dezenas de livros, foi distinguido com várias condecorações, designadamente
as portuguesas Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e da Ordem Militar de Cristo.
O
corpo de António Almeida Santos vai estar hoje, a partir das 17:00, em câmara
ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, e será cremado na quarta-feira, no
cemitério do Alto de São João, também em Lisboa, pelas 14:00.
CSR
// JMR – Almeida Santos na foto
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